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O Rio Piracicaba estava com água até a borda na tarde desta quinta-feira, na área urbana de Piracicaba, e havia risco de transbordamento. A cidade entrou em alerta. A Defesa Civil mobilizou uma equipe com 20 funcionários para visitar as casas da região do Beira Rio e avisar os moradores sobre o risco de enchente. Com o alerta, as famílias protegem móveis e se preparam para a possível saída de casa. De acordo com o secretário da Defesa Civil, Carlos Alberto Razano, a vazão do Piracicaba oscila conforme as chuvas. Até a tarde, não havia registro de enchentes na cidade.
Depois de ter chegado ao pico de 483,67 metros cúbicos por segundo, na tarde de quarta-feira, a vazão recuou para 308,39 m3/s no início da tarde desta quinta, mas voltava a subir - era de 313,03 na medição das 15h40, conforme a rede telemétrica do Consórcio das Bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). A vazão média prevista para fevereiro é de 195 m3/s. A maior vazão anterior este ano ocorreu no dia 11, com 230 m3/s.
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De acordo com Razano, as equipes estão de plantão inclusive durante a noite para socorrer as famílias em caso de inundação. O bairro Bongue, na região da Avenida Beira-Rio, é o primeiro a ser atingido. Em seguida, as águas invadem a Rua do Porto. A equipe da Defesa Civil conta com seis caminhões e duas viaturas para atender os moradores sobretudo na retirada de móveis. No Distrito de Artemis, que fica na zona rural, a vazão era de 508 m3/s e as várzeas e pastagens estavam alagadas.
Na área urbana, o nível do rio chegava a 4,35 metros e faltavam 20 centímetros para ocorrer o transbordamento. O nível médio em fevereiro é de 2,56 metros. No auge da crise hídrica, em novembro, o Rio Piracicaba estava praticamente seco, com 30 cm de água e vazão de 7 metros por segundo. O salto de Piracicaba, principal atração da cidade, virou um monte de pedras. O volume de chuvas no município este mês já atingiu 226 mm, acima do esperado para o mês todo, de 169 mm.
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Abastecidos pelas chuvas, os rios das bacias do PCJ mantinham vazões elevadas nesta quinta-feira. O Atibaia, que recebe vazão do Sistema Cantareira, tinha 46,40 m3/s em Itatiba, 49,28 no ponto de captação de Campinas e 60,04 em Paulínia. A vazão medida no Rio Camanducaia, em Jaguariúna, era de 49,28. O Rio Jaguari tinha 52,26 m3/s em Morungaba, mas chegava à foz no Rio Piracicaba, em Limeira, com 115,78 metros por segundo.