22 de Setembro de 2024 • 23:21
Um plano de educação de direitos humanos com temas de interesse regional como, por exemplo, as migrações e o tráfico de pessoas é um dos temas da 23ª Reunião das Altas Autoridades Competentes em Direitos Humanos e Chancelarias do Mercosul e Estados Associados, que começou ontem (11) em Montevidéu.
A proposta de um plano regional , formulada pela organização não governamental (ONG) brasileira Instituto de Desenvolvimento de Direitos Humanos (IDDH) e será apresentada hoje (12) para aprovação. Atualmente, os países estão desenvolvendo seus próprios planos, cada um enfocando temas de seu interesse. “Mas existem temas regionais que preocupam todos, como as migrações ou o tráfico de pessoas”, disse a representante de IDDH, Fernanda Lapa.
No primeiro dia da reunião, um seminário abordou as experiências sobre direitos humanos em cada país. A Argentina e o Uruguai ainda estão discutindo seus planos nacionais. O Brasil aprovou o seu em 2006 e o Paraguai tem o seu desde 2012. “O enfoque do Brasil é no ensino básico, enquanto que a Argentina tem belas experiências nas universidades onde todos os alunos, não importa a carreira que estão cursando – mesmo matemática – examinam em algum momento a questão dos direitos humanos”, explicou o secretário nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Gabriel dos Santos Rocha.
Na sua palestra, Rocha falou sobre a importância da participação da sociedade civil na formulação e na avaliação de políticas públicas de defesa dos direitos humanos, citando como exemplo a criação de conselhos (como o Conselho Tutelar, o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher). “O tema tem que estar presente não apenas nas escolas, mas também em todos os espaços públicos, como nas igrejas e na mídia”, disse Rocha. A reunião termina na quinta-feira (13).
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