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No próximo dia 23, representantes de mais de 100 países são esperados em Nova York para mais um encontro da ONU a tratar da agenda climática. Convocados pelo secretário-geral, Ban Ki-moon, os governantes, além de empresários e membros de ONGs, vão se reunir com o objetivo de anunciar meios concretos de conter as emissões de gases do efeito estufa e, assim, evitar o aumento da temperatura no planeta em até 2ºC neste século.
Ban Ki-moon marcou a cúpula para o dia 23 porque é a véspera da abertura da Assembleia Geral da ONU (tradicionalmente feita pelo Brasil), de modo que os chefes de governo já devem estar em Nova York. Sua intenção é conseguir anúncios sólidos e ambiciosos, para se chegar a resultados significativos nas próximas conferências do clima, em dezembro deste ano, em Lima, e em novembro de 2015, em Paris. A presença da presidente Dilma Rousseff, a menos de duas semanas das eleições, não está confirmada.
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"A intenção é mobilizar os governos. O secretário-geral acha que se os presidentes simplesmente forem às conferências, podem não chegar com tanta ambição como se gostaria de se ver", disse nesta quarta-feira, 03, Dan Shepard, assessor do Departamento de Informação Pública da ONU, de Nova York, em entrevista por videoconferência. "Muita gente pensava que precisaríamos de uma nova tecnologia para conter as mudanças climáticas, mas agora se sabe que com o temos hoje já é possível agir. E é urgente. É importante se chegar a um acordo significativo em 2015".
A meta principal para 2015 é aprovar um acordo que substitua o Protocolo de Kyoto, que restringe as emissões e que expira em 2020. Na última reunião, em Varsóvia, na Polônia, ano passado, Canadá, Japão e Austrália saíram como vilões, por terem recuado em suas metas de emissões; os Estados Unidos e a União Europeia foram acusados de não terem posicionamento pró-reduções; países em desenvolvimento, como Índia e China, reclamaram de ter que apresentar tantos resultados quanto os já desenvolvidos.
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Na cúpula de Nova York serão tratados temas como redução de emissões na agricultura e nos meios de transportes, eficiência energética, financiamento de projetos e desmatamento. Prefeitos também foram convidados para falar de medidas adotadas em suas cidades.
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