Cotidiano

Reunião da AIEA rejeita criticas a armas de Israel

O país, que não admite publicamente que tem armas nucleares, é membro da AIEA, mas não é signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear

Publicado em 20/09/2013 às 12:50

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

A reunião anual da Associação Internacional de Energia Atômica (AIEA) rejeitou uma proposta de resolução apresentada por países árabes com críticas a Israel por manter um arsenal nuclear secreto. A proposta recebeu 43 votos a favor, 51 contra e 32 abstenções. Israel, que não admite publicamente que tem armas nucleares, é membro da AIEA, mas não é signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP); suas instalações nucleares não estão sujeitas a inspeções pela entidade internacional.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

A resolução, debatida por representantes dos 159 países membros da AIEA, manifestava "preocupação com a capacidade nuclear israelense e exorta Israel a juntar-se ao TNP e a colocar todas as suas instalações nucleares sob as salvaguardas gerais da AIEA". A mesma resolução havia sido aprovada em 2009; em 2010, ela foi apresentada novamente, mas foi rejeitada por margem estreita de votos após um lobby intenso dos EUA.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• BG e BP silenciam sobre ausência no leilão do pré-sal

• Berlusconi diz que apoiará governo da Itália por enquanto

• Tiroteio em parque de Chicago fere pelo menos 17 pessoas; uma morre

Em 2011 e 2012, os países árabes decidiram não propor novamente essa resolução, de modo a facilitar a discussão de como transformar o Oriente Médio em uma região livre de armas atômicas. Esses esforços não deram resultado e uma conferência prevista para o fim de 2012 não chegou a se realizar. Israel é o único país da região a ter armas nucleares.

Durante a conferência de Viena, o embaixador Badr Mohamed Zaher Al-Hinai, de Omã, disse que a resolução proposta "poderia ressuscitar os esforços para um Oriente Médio livre de armas nucleares". Ele criticou a política de "dois pesos e duas medidas" dos EUA e de outros aliados de Israel.

Continua depois da publicidade

Em seu discurso, o vice-embaixador israelense Daniel Danieli disse que a resolução proposta "contribui para a politização da AIEA". 

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software