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A reunião anual da Associação Internacional de Energia Atômica (AIEA) rejeitou uma proposta de resolução apresentada por países árabes com críticas a Israel por manter um arsenal nuclear secreto. A proposta recebeu 43 votos a favor, 51 contra e 32 abstenções. Israel, que não admite publicamente que tem armas nucleares, é membro da AIEA, mas não é signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP); suas instalações nucleares não estão sujeitas a inspeções pela entidade internacional.
A resolução, debatida por representantes dos 159 países membros da AIEA, manifestava "preocupação com a capacidade nuclear israelense e exorta Israel a juntar-se ao TNP e a colocar todas as suas instalações nucleares sob as salvaguardas gerais da AIEA". A mesma resolução havia sido aprovada em 2009; em 2010, ela foi apresentada novamente, mas foi rejeitada por margem estreita de votos após um lobby intenso dos EUA.
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Em 2011 e 2012, os países árabes decidiram não propor novamente essa resolução, de modo a facilitar a discussão de como transformar o Oriente Médio em uma região livre de armas atômicas. Esses esforços não deram resultado e uma conferência prevista para o fim de 2012 não chegou a se realizar. Israel é o único país da região a ter armas nucleares.
Durante a conferência de Viena, o embaixador Badr Mohamed Zaher Al-Hinai, de Omã, disse que a resolução proposta "poderia ressuscitar os esforços para um Oriente Médio livre de armas nucleares". Ele criticou a política de "dois pesos e duas medidas" dos EUA e de outros aliados de Israel.
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Em seu discurso, o vice-embaixador israelense Daniel Danieli disse que a resolução proposta "contribui para a politização da AIEA".