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Os médicos residentes do Hospital São Paulo, parados há uma semana, decidiram manter a greve, em assembleia na tarde desta segunda-feira, 29. A categoria reivindica melhores condições de trabalho no centro médico, na Vila Clementino, zona sul da cidade.
Eles afirmam que as propostas apresentadas até agora pela superintendência do hospital, administrado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), foram vagas e insuficientes. "Falta um plano de reestruturação do pronto-socorro", critica Klaus Ficher, de 26 anos, presidente da associação de residentes da Unifesp. A assembleia, segundo ele, reuniu cerca de 300 pessoas.
Os residentes representam 38% dos quase 3,1 mil médicos do Hospital São Paulo. A associação estima que a adesão dos residentes nas áreas de atendimentos ambulatoriais e de internações eletivas é superior a 90%. O hospital diz que não houve suspensão desses serviços. Nos setores de urgência e emergência, os grevistas mantiveram 30% da equipe. A próxima assembleia da categoria deve ser na próxima quinta-feira, 2.
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Neste mês, o hospital chegou a suspender as internações eletivas por falta de recursos. A decisão só foi revista depois que o hospital conseguiu R$ 3 milhões extras da Secretaria Estadual de Saúde e R$ 6 milhões do Ministério da Educação. No começo do segundo semestre, a expectativa é de que a pasta do governo federal repasse outra parcela de R$ 6 milhões.
Com a Secretaria Municipal de Saúde, a Unifesp negocia a manutenção da tenda para pacientes com suspeita de dengue, inaugurada em maio. Como o surto da doença já passou, a estrutura provisória serviria para atender casos de baixa complexidade e aliviar o pronto-socorro do Hospital São Paulo. No primeiro semestre de 2016, está prevista a inauguração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Vila Mariana, na mesma região.
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