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Túneis e cães farejadores foram as ferramentas usadas pelo Corpo de Bombeiros para chegar até as vítimas do desabamento do prédio em São Mateus, que estavam em uma área de difícil acesso.
O empresário José Honório da Silva, de 44 anos, chegava de carro na garagem da sua casa em uma rua na frente do desabamento quando ouviu um barulho. Uma cortina de pó avançou na sua direção. "Eles (os resgatados) só choravam e falavam que tinham muitos colegas mortos no escombro. Queria que ajudassem os colegas." Segundo ele, os bombeiros chegaram em 15 minutos.
O trabalho da equipe de resgate, então, consistiu em abrir caminho debaixo dos escombros até onde estavam as vítimas. Para evitar um novo desabamento, eles evitavam usar máquinas e entravam nos destroços com picaretas. O caminho era escorado por pedaços de madeira.
O capitão dos bombeiros Marcos Palumbo afirmou que as vítimas só sobreviveram porque estavam em bolsões de ar entre as lajes. Por meio de duas aberturas, elas e a equipe de resgate iam se comunicando. Uma das vítimas usou um rádio para ajudar os bombeiros a achá-lo entre os escombros.
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Para facilitar o trabalho de localização, os bombeiros fizeram um croqui do prédio. Boa parte das vítimas estava no centro do imóvel, no andar térreo, em uma área que funcionava como centro de logística da construção. "No meio das duas lajes, sobrou um espaço muito pequeno, escuro e totalmente de difícil acesso", descreveu o coronel do Corpo de Bombeiros Reginaldo Repulho.
O sargento Marcelo Dias, também dos bombeiros, informou que foram usados cinco cães das raças labrador e pastor belga para ajudar na localização das vítimas. "Os cães sinalizaram em quatro pontos. E é onde estão fazendo as buscas", explicou.
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