CONDESB / Reproduçao
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Praia Grande participou nesta sexta-feira (07) de reunião técnica do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb), que reuniu representantes das pastas de Planejamento, Meio Ambiente e Habitação das nove prefeituras da Região e contou ainda com a presença do subsecretário de Desenvolvimento Urbano do Estado de São Paulo, José Police Neto. O encontro aconteceu na sede do Sindicato do Comércio Varejista, na cidade de Santos, e teve como objetivo apresentar demandas dos municípios ao Estado. Na ocasião também o Governo de São Paulo explicou sobre projetos em andamento e ações desenvolvidas na Baixada Santista.
Dentre as ações apresentadas pelo Estado na reunião estão novas tecnologias de informação geográfica para planejamento urbano, como o projeto de Mapeamento Aerofotogramétrico que permitirá a elaboração de cartas de uso do solo e zoneamentos urbanos; além de monitoramento de áreas de risco, entre outros) e a Plataforma de monitoramento por satélite (imagens de satélites de alta resoluções para diversas atividades do Estado, como novas edificações, supressão de vegetação, aberturas de vias etc).
Além disso, foi destaque do encontro o Sistema de Informações Metropolitanas (SIM), desenvolvido na Baixada Santista e elogiado pelo Estado. O sistema é integrado e é abastecido com informações das cidades, que geram indicadores de gestão para o planejamento e tomada de decisões. A organização das informações e consolidação dos perímetros de assentamentos precários dos 9 municípios da região permitiu, entre outros, as ações da CDHU nos domicílios em palafitas através do programa Vida Digna.
O subsecretário estadual de Desenvolvimento Urbano, José Police Neto, destacou a importância da plataforma SIM. “Com a base de informação sólida levantada através do SIM o Estado tem conseguido realizar diversas ações importantes para a população”. Segundo ele, para atingir os objetivos de todos, é neccessário validar os projetos estratégicos para que eles saiam do ambiente teórico e ocupem seu espaço no Plano plurianual que o Estado tem que aprovar esse ano. “Utilizar os instrumentos para planejamento é importante para que de fato a integração metropolitana aconteça e é isso o que o Estado tem buscado justo aos Municípios”, explicou.
Presente no evento, o secretário de Meio Ambiente de Praia Grande, Paulo Eduardo dos Santos Martins, destacou a necessidade que a Baixada Santista tem junto ao Estado de encontrar alternativas adequadas para a questão da destinação de resíduos sólidos. “Na pandemia, a Região recebeu a chegada de muita gente que passou a morar aqui e atuar de home office na Capital. E isso impacta diretamente, entre outras coisas, na questão do lixo doméstico gerado. Contamos com o Estado também para definir a melhor técnica a ser utilizada, pois sabemos o problema urbano e ambiental que essa questão gera”, explicou.
A secretária de Planejamento de Praia Grande, Eliana Cristina Jerônimo Ferreira, destacou que a Cidade já conta com Plano de Saneamento Básico desde 2013 e dele derivaram os Planos Municipais de Drenagem, de Resíduos Sólidos e de Água e Esgoto, todos já em aplicação e execução. “Praia Grande está no centro do Baixada Santista, fazendo com que a Cidade seja um ponto geográfico importantíssimo para as ações da região. E, para se ter uma ideia do quanto essa questão metropolitana é importante para Praia Grande, nós temos um capítulo no Plano Direto só para essa questão. Estou atualmente como coordenadora da câmara temática de Planejamento e Desenvolvimento Econômico e posso afirmar que todas as câmaras da Baixada contam com técnicos muito competentes e quem atuam incansavelmente para conseguir o melhor para a Região; e para isso precisamos que o Estado tenha um olhar atento às nossas necessidades”, afirmou.
De acordo com o secretário de Habitação de Praia Grande, Anderson Mendes de Andrade, Praia Grande vem fazendo a sua parte para a melhoria das questões habitacionais. “Atualmente, contamos com 18 áreas congeladas, que são constantemente monitoradas para evitar invasões e novas construções irregulares. Um trabalho árduo desenvolvido pela Prefeitura. E para evitar que a questão se agrave precisamos que o Estado fique atento a isso, pois existem áreas complicadas, inclusive com questões de invasões até de municípios vizinhos. Além disso, hoje os dados apresentados nos levantamentos do Estado não condizem mais com a realidade, pois Praia Grande é uma Cidade em amplo crescimento e, além disso, ainda contamos com refugiados de guerra que estão sendo atendidos no nosso Município. O Estado precisa olhar mais para Praia Grande e para a Região”, concluiu.
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