Citroilha foi criado em Ilhabela por empresário local / Divulgação
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Quem frequenta as praias paradisíacas de Ilhabela sabe que não pode faltar repelente na mala de viagem. Os borrachudos também gostam do clima da cidade e infestam as praias locais, principalmente em períodos mais quentes.
Tanto incômodo com os insetos fez com que moradores da cidade - cansados de não ter sucesso com repelentes disponíveis no mercado - criassem o próprio repelente há quase 15 anos. O Citroilha é um dos mais populares de Ilhabela.
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E no final de 2024, a recompensa veio: a marca obteve autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para ser comercializada como repelente.
A necessidade de criação do repelente foi identificada pelo empresário Paulo Celso Gama. Ele criou o repelente em casa após perceber que os clientes de sua agência de turismo amavam as paisagens, mas se assustavam com a quantidade de mordidas de borrachudo.
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Foi observando moradores da região que frequentavam a Cachoeira da Toca, que misturavam óleo de cozinha com citronela e não levavam picadas, que a ideia começou a surgir. No entanto, a mistura amadora pode causar queimaduras quando exposta ao sol e ainda gerar um acidente entre as pedras por deixar os pés escorregadios.
Com a agência “ganhando” uma dívida milionária, Gama decidiu investir e criar o repelente: uma mistura de óleos com citronela, feita em uma batedeira domiciliar. Em pouco tempo, o cheiro forte de citronela começou a incomodar os vizinhos.
A formulação se profissionalizou e, além de óleos como de citronela, girassol e semente de andiroba, o repelente também conta com o ativo repelente DEET (dietiltoluamida, o mais antigo do mercado) .
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No começo, o comércio local ajudava a tornar o repelente conhecido e a esposa do empresário passava as noites rotulando os produtos. Mais tarde, o negócio se profissionalizou - hoje tem um sítio em que é produzida a citronela e uma indústria que faz a mistura e embala os produtos em São José dos Campos, interior de São Paulo.
A produção se concentra no período de alta temporada, no fim e no começo do ano, quando fabricamos 60 mil frascos por semana — em períodos normais, a produção semanal fica em torno de 10 mil a 12 mil. O repelente não é limitado para a ilha e também é entregue em outras regiões do Vale do Paraíba e Rio de Janeiro.