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A Embaixada do Reino Unido no Irã foi reaberta neste domingo (23) após quatro anos da invasão do local por um grupo de estudantes islâmicos.
O ministro de Relações Exteriores do Reino Unido, Philip Hammond, viajou a Teerã para o evento. Ele é o primeiro chanceler britânico a visitar o país desde 2003 e foi acompanhado de uma delegação de líderes empresariais.
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Ele observou a bandeira britânica sendo erguida no jardim do opulento prédio do século 19, ao som do hino britânico. "A cerimônia de hoje marca o fim de uma fase na relação entre nossos dois países e o começo de uma nova, uma que eu acredito oferecer a promessa de algo melhor", disse.
O ataque que forçou a embaixada a fechar foi um ponto baixo da diplomacia entre as nações, disse o chanceler, mas a relação foi melhorando "passo a passo" desde a eleição de Hassan Rouhani para a Presidência iraniana, em 2013.
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O Reino Unido rompeu relações com a República Islâmica no final de 2011, após a invasão. Os edifícios da embaixada e a residência do embaixador britânico na capital do Irã foram atacadas e saqueadas por uma multidão em 29 de novembro de 2011. Entre os ativistas que protestavam contra a imposição de sanções internacionais, estavam membros de grupos paramilitares controlados pelo Exército iraniano.
Os manifestantes pularam os muros do complexo diplomático, queimaram a bandeira do Reino Unido e saquearam a delegação. Os prédios foram restaurados, mas a pichação "morte à Inglaterra" continua a adornar a porta da sala de recepção, como memória do evento.
Quando Rohani chegou ao poder, em agosto de 2013, defendeu a intenção de voltar a colocar a República Islâmica na arena internacional, e estabeleceu como um de seus objetivos prioritários a aproximação com os países europeus e seus vizinhos na região.
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O antecessor de Hammond, William Hague, já anunciou há mais de um ano a intenção de Londres de reabrir a embaixada, mas o projeto foi adiado pelo que o governo britânico descreveu como "dificuldades técnicas". A reaproximação dos dois países ganhou força com o acordo sobre o programa nuclear do Irã alcançado em julho, segundo reconheceu o próprio Hammond.
As relações entre Londres e Teerã começaram a melhorar em dezembro de 2013, com a primeira visita de um diplomata britânico ao país desde o incidente na embaixada, aproximação que foi facilitado pela chegada ao poder de Rohani à Presidência do Irã, uma figura mais moderada.
Em abril de 2014, o diretor político do Ministério de Relações Exteriores do Reino Unido, Simon Gass, esteve no Irã para ter diversas reuniões de alto nível, que acabaram de azeitar a relação diplomática entre os dois países.
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Os vínculos entre os dois governos foram tumultuados no passado, com episódios como o fechamento da embaixada em Teerã em 1979 por causa da Revolução Islâmica; o ataque à Embaixada Iraniana em Londres em 1980; a fatwa contra o escritor anglo-indiano Salman Rushdie e a detenção de membros da Marinha britânica em Irã em 2007, acusados de invadirem águas territoriais.
Quando Londres fechou sua delegação diplomática em Teerã em 1979, levou nove anos para reabri-la.
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