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Refugiados sírios pediram nesta quinta-feira ao secretário de Estado dos EUA, John Kerry, que faça mais para ajudar os opositores do governo do presidente Bashar Assad, demonstrando frustração diante da percebida inércia em seu interesse.
Em visita ao campo de refugiados em Zaatari, ao noroeste da Jordânia, Kerry se encontrou com seus representantes de uma população de 115 mil pessoas, que apelaram a ele para criar zonas de restrição aérea e montar postos humanitários dentro da Síria. A administração de Obama expandiu sua ajuda à oposição síria, mas alegou complicações graves e custos astronômicos na criação de zonas de restrição aérea ou de proteção no solo sírio
Em sua sexta visita ao Oriente Médio como secretário de Estado, Kerry visitou o campo de Zaatari ao noroeste de Amman, cerca de 12 quilômetros da fronteira com a Síria, acompanhado do ministro de Relações Exteriores da Jordânia, Nasser Judeh.
Em resposta aos representantes dos refugiados, Kerry disse que "várias opções diferentes estão sendo consideradas". Ele acrescentou que "gostaria que fosse mais fácil. Como vocês sabem, estamos lutando duas guerras há 12 anos. Estamos tentando ajudar de várias formas, incluindo ajuda aos combatentes da oposição síria a terem armas. Estamos fazendo novas coisas. Estamos considerando zonas de isolamento e outras coisas, mas não é simples como parece."
Após a reunião, Kerry disse aos repórteres que compreende as preocupações dos refugiados, mas afirmou que os EUA são os maiores fornecedores de ajuda humanitária ao povo sírio, tanto dentro do país quanto nos campos. Washington já forneceu quase US$ 815 milhões em ajuda humanitária aos sírios por meio das Nações Unidas, dos quais US$ 147 milhões foram diretos para agências trabalhando na Jordânia.
O campo de Zaatari foi iniciado em julho do ano passado. Em abril, 1.500 pessoas chegavam por dia. A população atual está menor do que os quase 130 mil iniciais porque as pessoas estão indo embora - algumas de volta aos combates, outras de volta à propriedades em áreas relativamente seguras e outras para propriedades na Jordânia quando podem provar que possuem parentes no país.
Mesmo assim, as pessoas continuam chegando ao campo, embora em menor número do que antes. A maioria deles sírios que vivem perto da fronteira com a Jordânia e outros de lugares mais distantes. Na quarta-feira à noite 100 pessoas chegaram após passarem 17 dias na estrada vindos de Homs. O início do Ramadan também pode desempenhar um papel na redução do movimento de refugiados.
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