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"A reforma do edifício precisa ser feita, haja vista o péssimo estado de conservação, que coloca em risco funcionários e munícipes que circulam no imóvel e suas imediações". A frase é do vereador santista Sandoval Soares (PSDB), inconformado com a situação do prédio do Palácio da Polícia de Santos, localizado à Avenida São Francisco, no Centro.
O parlamentar, que tem recebido inúmeras queixas sobre a situação do imóvel - desde o ano passado mantido envolto por uma tela de proteção para evitar que pedestres que circulam pela calçada do imóvel sejam atingidos por um pedaço de alvenaria que, possivelmente, se desloque do prédio – ficou ainda mais irritado e apresentou requerimento na Câmara após ler duas reportagens sobre a má-conservação do prédio histórico no Diário do Litoral.
Em sua propositura, Sandoval questiona se existe processo licitatório em andamento para reforma do imóvel e pede detalhes do processo e dos serviços contratados, assim como solicita prazos de início e término das obras ao Estado. Caso não haja nenhum processo licitatório deste tipo, Sandoval indica que seja feito urgentemente.
Para o vereador, não só a fachada e estrutura do prédio precisam ser reformadas, mas também toda a instalação elétrica e hidráulica. "Temos a informação de que constantemente acontecem problemas devido ao sistema elétrico e hidráulico por conta do péssimo estado de conservação. Muitas pessoas circulam por aquele prédio, que presta atendimento aos munícipes, realiza exposições no hall de entrada e tem trânsito de funcionários", explica.
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O vereador aguarda agora as respostas do Estado e considera a possibilidade de realizar uma reunião com Secretaria de Estado de Segurança Pública, caso seu requerimento seja ignorado, como vem acontecendo com as denúncias.
Descaso do Estado
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A situação do Palácio da Polícia já faz parte do cotidiano de quem circula a pé ou de carro pela Avenida São Francisco. As pessoas olham para o prédio e pensam que o edifício está passando por um processo de restauração. Mas, na verdade, a recuperação nunca chega.
Há muito que o Palácio precisa ser restaurado. Ele começou a ser construído por volta de 1944, numa área de quase três mil metros quadrados e oito pavimentos. As fachadas laterais são voltadas para as ruas Itororó e Martim Afonso, enquanto que o seu lado posterior é voltado para a Rua Bittencourt, no sopé do Monte Serrat.
Em 2004, foi anunciado que o Estado, com apoio do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb), estava providenciando levantamentos técnicos e financeiros para a elaboração de uma reforma mais ampla no local, que foi inaugurado em meados dos anos 50.
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Ano passado, procurada pela Reportagem, a delegada divisionária do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior – DEINTER 6, Elizabeth Lins, confirmou que as telas e os tapumes foram colocados como medida de segurança, “mas isso não significa que exista risco de queda de alvenaria”, revelava.
Na ocasião, a delegada confirmou que já está em andamento, pelo Governo do Estado, um processo licitatório visando a reforma do edifício, que segundo ela não é tombado. “Já existe o projeto básico da reforma e as medidas de segurança ocorrem enquanto a licitação não se conclui”, finalizou a delegada.
Ontem, a Reportagem tentou um novo contato com a Secretaria de Estado de Segurança Pública, com objetivo de saber se o processo licitatório já estaria encerrado e quando a reforma seria iniciada. Até às 17 horas, limite dado para um retorno ao questionamento, nenhuma resposta foi encaminhada.
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