Cotidiano
O porta-voz do Exército do Iêmen, Sharaf Luqman, disse que a trégua foi aprovada para "abrir o portão para a ajuda humanitária", mas que qualquer violação será respondida militarmente
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Militantes Houthi aceitaram neste domingo uma trégua de cinco dias proposta pela Arábia Saudita, que pode abrir caminho para a entrada de ajuda humanitária nas áreas de conflito, após seis semanas de ataques aéreos. O porta-voz do Exército do Iêmen, Sharaf Luqman, disse que a trégua foi aprovada para "abrir o portão para a ajuda humanitária", mas que qualquer violação será respondida militarmente.
O ministro saudita das Relações Exteriores, Adel al-Jubeir, havia dito na sexta-feira que a trégua começaria na terça-feira (12), desde que os rebeldes Houthis aceitassem os termos do acordo. Apesar da proposta, que já estava sendo discutida há algum tempo, os ataques aéreos da coalizão liderada pelos sauditas se intensificaram na última semana.
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Após um ataque contra um assentamento na fronteira do Iêmen com a Arábia Saudita, a coalizão realizou 130 bombardeios contra mais de 100 alvos neste sábado. Na manhã deste domingo, um bombardeio teria atingido a casa do ex-ditador Ali Abdullah Saleh, que tem o apoio dos Houthis. Na sequência, Saleh apareceu na sua própria rede de televisão e disse que o ataque não deixou vítimas.
Desde 26 de março, os sauditas atacam posições dos Houthis, em uma tentativa de recolocar no poder o presidente Abed Rabbo Mansour Hadi, que está exilado em Riad. O bloqueio naval promovido pelos sauditas e os danos à infraestrutura de transportes do país, incluindo aeroportos, tornam quase impossível a entrega de ajuda humanitária.
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