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Por Rafaella Martinez
Guarujá possui a segunda maior quilometragem de ciclovias e ciclofaixas da Baixada Santista: são 25.100 metros de extensão cicloviária e 15.900 metros de extensão de ciclofaixas, totalizando 41 quilômetros. No entanto, falta manutenção em vários trechos, além de iluminação precária e sinalização deficiente, principalmente nos cruzamentos das vias.
Segundo dados da Secretaria Municipal de Planejamento, em 2008, a Cidade possuía cerca de 11.200 metros de ciclovias e 7.300 metros de ciclofaixas, sendo assim, a atual Administração implantou 13.900 metros de ciclovias e 8.600 metros de ciclofaixas desde o início de sua gestão.
A principal malha cicloviária da cidade possui três quilômetros de comprimento e interliga a Avenida Santos Dumont até o Ferry-Boat, onde inúmeros ciclistas realizam diariamente a travessia das balsas Guarujá/Santos. A ciclovia é também a mais bem conservada, o que não a isenta de apresentar problemas pontuais como um buraco de tamanho considerável na Avenida Adhemar de Barros, na altura do Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente - Fundação Casa.
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“A sinalização está um pouco gasta no solo, mas de um modo geral a ciclovia é boa. Costumo andar de bicicleta por toda a cidade e essa é a melhor”, afirma o vendedor Luiz Gustavo.
A lateral da ciclovia da Avenida Adhemar de Barros possui canteiros como proteção, dando maior segurança aos ciclistas. Há postes de iluminação nas calçadas, que fornecem iluminação para a via.
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As ciclofaixas das Avenidas Miguel Estéfano e Puglisi também apresentam boas condições de um modo geral, embora a pintura do solo esteja gasta em toda a extensão.
A situação é bem diferente na ciclofaixa da Avenida Tancredo Neves, próximo à Prefeitura de Guarujá. A Reportagem constatou inúmeros problemas na região, que possui um fluxo constante de ciclistas. A faixa é estreita, o que faz com que muitas bicicletas dividam espaço com os carros na rua. A sinalização é precária e em vários pontos não é possível perceber a existência da ciclofaixa. Em virtude disso, o inverso também acontece: os carros muitas vezes trafegam na via.
“Andar por ali é muito complicado. Quando chove o risco de acidentes é grande, pois além dos enormes buracos que são cobertos pela água, também fica muita lama. A iluminação é fraca, o que pode causar acidentes. Eu mesma quase caí uma vez”, afirma a promotora Cristiane dos Santos, que usa a bicicleta como principal meio de transporte.
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Na Avenida Dom Pedro I não existe uma sinalização adequada na ciclovia, o que faz com que muitos ciclistas ignorem a existência da mesma e trafeguem pela rua. Durante todo o trecho percorrido, a Reportagem encontrou apenas três pessoas usando a ciclovia.
Funcionários da prefeitura de Guarujá realizavam o corte da grama, mas é preciso também promover a poda das árvores que atrapalham o caminho durante toda a extensão. A ciclovia termina de forma abrupta, onde apenas uma pequena mureta separa a mesma do canal. Além disso, em um trecho próximo da Avenida da Saudade, o solo se elevou e pode causar acidentes graves.
A dona de casa Luana Miranda havia acabado de passar pelo local e reclamou do problema. “Vinha pedalando normalmente e não percebi a elevação. Quase caí e poderia ter me machucado bastante, pois a Avenida Dom Pedro I é muito movimentada. Além disso, um raminho entrou nos meus óculos e a minha sorte é que não vinha ninguém atrás, porque precisei parar urgentemente para tirar”.
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Questionada, a Prefeitura garantiu que enviará amanhã equipes da Secretaria de Operações Urbanas nos locais indicados pela Reportagem, para analisar a situação e promover os reparos necessários. De acordo com a Prefeitura, os serviços menores como tapamento dos buracos serão realizados no mesmo dia. Os de maior complexidade, como pintura de solo e sinalização serão programados para a mesma semana.
Para 2016, a Administração garante que está sendo desenvolvido o projeto da ciclovia da Praia das Pitangueiras, que será conectada à ciclovia da Avenida Puglisi e da Avenida Miguel Estéfano, na Enseada.
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