A jornada no mundo da confeitaria de Carol começa em 2012 / Isabella Fernandes/DL
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Em meio a uma rotina intensa, com duas lojas e dois filhos pequenos, Carol Calazans, confeiteira e empreendedora, se tornou um nome bastante conhecido nas cidades de Santos e Praia Grande. Mas quem está por trás dessa marca que leva seu nome?
Exemplo de dedicação, vontade e paixão pelo que faz, Carol integra uma vasta lista de mulheres incríveis com trajetórias únicas que o Diário do Litoral celebra neste sábado (8) de Dia Internacional das Mulheres.
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A jornada no mundo da confeitaria de Carol começa em 2012, mais de dez anos atrás e com um passo para lá de significativo. “Fiz curso de brigadeiro, porque eu sou formada em eventos, mas nunca atuei na área. Sempre gostei muito de trabalhar com doces”, conta.
A paixão por confeitaria, inicialmente apenas como hobby, foi se transformando em um empreendimento sério. Após realizar diversos cursos, Carol se especializou em bolos decorados com pasta americana e começou a atender encomendas, inicialmente trabalhando em casa.Em 2016, o cenário mudou. Ela conheceu seu marido, Rafael, que se tornaria seu sócio. "Ele tinha uma balada, e como tinha muito tempo livre durante a semana, me ajudava. Eu percebi que ele também tinha facilidade para o negócio, já que ele também empreendia”, explica.
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Juntos, ambos decidiram abrir um espaço físico em 2017 para atender a crescente demanda. Carol admite que, no início, a ideia de ter uma loja nunca esteve nos seus planos: “Eu fazia porque amava, não porque queria ter um negócio”.
O primeiro passo para a expansão foi em Praia Grande, onde Carol e o marido montaram uma loja para atender encomendas e oferecer cursos. Não demorou muito para eles perceberem a necessidade de diversificar o cardápio e oferecer produtos prontos para a retirada, como bolos de pote.
Em 2019, a loja passou por uma reforma e começou a oferecer mais opções, como café e espaço para os clientes sentarem. Porém, foi durante a pandemia, em 2020, que a empresa realmente ganhou impulso. “A gente não parou de trabalhar, porque já vendíamos pelo iFood. O doce era algo que as pessoas consumiam muito durante aquele período”, conta.
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Atualmente, Carol e Rafael estão com duas lojas: uma em Praia Grande e outra em Santos. E a operação está longe de ser fácil. Além de empresária, Carol é mãe de dois filhos pequenos e divide o tempo entre a família, os negócios e o autocuidado. “Eu não gosto muito da expressão de dar conta de tudo. Isso cria muito peso. Nunca a vida vai estar 100% equilibrada. No momento, os meus filhos são a minha prioridade”, reflete.
Para Carol, o segredo é entender as prioridades do momento. “Não vejo problema em trabalhar. Mesmo com filhos pequenos, não me vejo ficando em casa em tempo integral. Mas sei que preciso encontrar equilíbrio”, ela faz terapia há dez anos, o que considera essencial para lidar com as pressões do dia a dia.
A rotina de Carol é cheia de compromissos. Com reuniões semanais, treinamento constante para a equipe e o desafio de gerenciar as duas lojas sem uma grande equipe de gerentes, eles se adaptam ao dia a dia. Para ela, é crucial estar próxima dos funcionários para passar os valores da empresa e manter o bom funcionamento do negócio.
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Carol ainda reflete sobre como os filhos veem sua jornada. “Eles são muito pequenos, mas já sabem que a doceria é da mamãe. Eles brincam com os produtos e até me ajudam a divulgar”, diz, com carinho. Ela compartilha que um dos objetivos é mostrar para eles que o trabalho não é algo ruim, mas sim algo que traz resultados.
Quando questionada sobre o futuro, Carol é cautelosa. “Agora, o foco está em melhorar o que já temos. A expansão vem com o tempo. Não é uma prioridade agora”, explica, se referindo ao processo de crescimento das lojas, principalmente no aumento do faturamento e na melhoria dos processos internos.
A empresária ainda vislumbra uma Páscoa recheada de novidades, como ovos de chocolate e lembrancinhas, em meio ao aumento do preço do cacau.
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Para finalizar, Carol deixa uma mensagem inspiradora para outras mulheres empreendedoras: "Não é fácil. Se está fácil, está errado. Vai ter choro, vai ter estresse, vai querer desistir, mas é importante entender o 'porquê' que te faz continuar. Quando você sabe o porquê, fica mais leve”.