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Uma forte queda na mortalidade infantil (até um ano de idade), de 69,1 para 16,7 por mil nascidos vivos de 1980 a 2010, foi um dos motores do aumento na expectativa de vida dos brasileiros ao nascer no período, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Enquanto no início da série o indicador tirava três anos, sete meses e 12 dias da esperança de vida ao nascer, no último ano a perda era de apenas três meses e três dias. A queda foi mais acentuada no Nordeste, onde, ao longo das três décadas, a redução foi de 97,1 para 23 por mil nascidos vivos. Isso quer dizer que, para cada grupo de mil, 74,1 deixaram de morrer antes de seu primeiro ano. Também houve recuo do indicador nas demais regiões.
Com os avanços, o Brasil bateu, com cinco anos de antecedência, o quarto Objetivo do Milênio: reduzir em 2/3, até 2015, esse indicador, em relação a 1990. A pesquisa, divulgada nesta sexta-feira, 02, apontou que a menor taxa de mortalidade infantil de 2010 foi a de Santa Catarina, 9,2 por mil, e a maior, de Alagoas, 30,2. Apesar de ter obtido a maior queda no indicador, o Nordeste continuou a ser a região em que ele é maior.
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O Estado com menor expectativa de vida ao nascer em 2010 era o Maranhão, com 68 anos, oito meses e sete dias, na média de ambos os sexos. Foi uma queda: em 1980, os maranhenses estavam em 23º lugar, com 54 anos e seis meses. Apesar do aumento de quatorze anos e seis dias, outros Estados avançaram mais.
O trabalho também constatou crescimento na expectativa de vida dos idosos. A expectativa aos 60 anos está muito ligada ao envelhecimento da população. Em 1980, uma pessoa ao atingir 60 anos esperaria viver em média mais 16 anos; já em 2010 esperaria viver 21 anos a mais.
O estudo apontou que em 2010 havia 449.129 habitantes do Brasil com 90 anos e mais de idade. Pela primeira vez na história da pesquisa, essa faixa passou a ser o grupo etário aberto final, indicando o aumento da longevidade dos brasileiros.
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