Cotidiano

'Que seja feita a justiça', diz filha de atropelado quando pintava ciclofaixa

Os dois homens foram atropelados no cruzamento da avenida Doutor Guilherme Drumond Villares com a rua Pedro Cacunda, na zona norte de São Paulo

Publicado em 18/10/2015 às 18:04

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Tamanho o choque, Nayane Cristina Andrade esqueceu que fazia aniversário neste domingo (18).

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"Tenho 30 anos", afirmou, logo se corrigindo -"hoje faço 31, mas nem tive como me lembrar disso", disse, enxugando lágrimas em frente ao IML (Instituto Médico Legal), em São Paulo, onde tinha ido reconhecer o corpo do pai.

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Ela é a primogênita de José Hailton de Andrade, 54, morto de madrugada, enquanto pintava ciclofaixas, por uma motorista alcoolizada.

O atropelamento fez duas vítimas. O outro homem, que também pintava o asfalto, é Raimundo Barbosa dos Santos. Ele foi levado ao hospital Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos.

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Os dois homens foram atropelados no cruzamento da avenida Doutor Guilherme Drumond Villares com a rua Pedro Cacunda, na zona norte de São Paulo.

Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a motorista fugiu do local do acidente sem prestar socorro aos dois atropelados.

Depois, foi presa por policiais militares. Segundo a polícia, ela estava visivelmente alcoolizada e foi levada ao 73º DP (Jaçanã).

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Na delegacia, a motorista foi autuada em flagrante por dirigir alcoolizada e permanece presa, sem direito à fiança. O nome dela não foi divulgado.

A filha de Andrade diz que ele era "uma pessoa maravilhosa". "Fez isso a vida toda", conta ela, sobre o trabalho do pai, que se mudou do Piauí a São Paulo há 16 anos. "Que seja feita a justiça."

Andrade deixa mulher, seis filhos e cinco netos.

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