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Desde o início do ano, dois mil e 926 civis morreram e 18 mil foram feridos na Síria, em ataques aéreos do regime de Bashar Al Assad, segundo informação divulgada hoje (2) pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Entre os mortos incluem-se pelo menos 665 crianças e 456 mulheres, diz a organização, citada pela agência espanhola EFE. Os bombardeios do regime causaram ainda a morte a 1.213 combatentes entre as forças rebeldes.
Todas as províncias da Síria foram alvo dos ataques aéreos, excetuando a província costeira de Tartus, que apenas teve combates terrestres.
Entre os ataques, 8.782 foram feitos por aviões, mas um total de 10.423 foram realizados por helicópteros, que lançaram pelo menos 10.433 “bombas barril”, armas artesanais constituídas por explosivos e detritos dentro de um barril de metal, que é lançado manualmente pela tripulação dos helicópteros.
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O chefe dos Capacetes Brancos – organização síria de proteção civil voluntária e independente, que faz o resgate imediato às vítimas dos bombardeios –, Raed Saleh, condenou a "natureza indiscriminada" das 'bombas barril', em um discurso perante a Organização das Nações Unidas, feito em 26 de junho.
Os explosivos são jogados sobre bairros civis controlados pelos rebeldes, e segundo Saleh não existe justificativa militar para o seu uso, uma vez que por serem lançados manualmente. “Quem lança as bombas barril não pode saber onde vão cai, tornando-as inúteis para atacar alvos militares precisos, além de não poderem ser usadas nas linhas da frente, uma vez que podem atingir por erro as forças aliadas", disse.
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Segundo o Observatório Sírio, os bombardeios do regime causaram ainda enormes prejuízos materiais nas infraestruturas de diversas áreas do país.
O conflito na Síria já causou mais de 230 mil mortos desde março de 2011, calcula o Observatório Sírio.
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