Cotidiano

Qualidade de ar no Litoral de SP é considerada 'muito insalubre'

Níveis de poluentes na atmosfera da região nas últimas 24 horas - medidos pela Cetesb - estão entre 'moderado' e 'muito ruim'

Luana Fernandes

Publicado em 20/08/2024 às 13:24

Atualizado em 20/08/2024 às 14:05

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Na Vila Parisi, próxima ao Polo Industrial, o índice para poluentes MP10 é considerado 'muito ruim' / Daniel Villaça/DL

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O tempo mais seco que o Litoral de São Paulo está enfrentando nos últimos dias têm evidenciado um fato importante: a qualidade do ar está preocupante. Em Cubatão, cidade que já sofreu com a poluição nos anos 80, apresenta níveis de “moderados” a “muito ruim” em vários pontos da Cidade na manhã desta terça-feira (20).

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Na medição feita na Vila Parisi, próxima ao Polo Industrial, o índice para poluentes MP10 (partículas inaláveis) é considerado “muito ruim”. Já no Vale Mogi, também na área cubatense, o índice é “moderado” para o mesmo poluente. 

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Santos também tem área indicando uma baixa qualidade de ar, de acordo com o Mapa da Qualidade da Cetesb. Na região da Ponta da Praia, próximo a região portuária, os níveis são considerados “moderados” para MP2,5 (partículas inaláveis finas).

Na noite da última segunda-feira (19), o The Weather Chanel também indicava que a qualidade do ar no Jardim Casqueiro, por volta das 23h, era “muito insalubre” para O3 (ozônio), “insalubre” para MP2,5 e “moderada” para MP10.

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Na manhã desta terça-feira (20), os dados no site meteorológico continuam apontando para baixa qualidade de ar. Os níveis de MP2,5 estão “insalubre para grupos de risco”, indicando que “membros de grupos sensíveis poderão sentir efeitos à saúde”.

No Litoral Norte de São Paulo, no Centro de São Sebastião, os níveis também são ruins na manhã desta terça-feira (20). Por lá, o mapa da Cetesb aponta para qualidade “moderada” para MP10.

A reportagem do Diário do Litoral entrou em contato com a Cetesb, mas não teve retorno até o momento. No site é possível saber os malefícios que cada poluente pode causar à saúde.

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Foto: Reprodução

Confira o que os poluentes podem causar à saúde

MP10 (partículas inaláveis)

De maneira simplificada, as partículas inaláveis podem ser definidas como aquelas cujo diâmetro aerodinâmico é menor ou igual a 10 unidades de medida de comprimento micrómetro (µm). “Dependendo da distribuição de tamanho na faixa de 0 a 10 µm, podem ficar retidas na parte superior do sistema respiratório ou penetrar mais profundamente, alcançando os alvéolos pulmonares”, explica a Cetesb.

MP2,5 (partículas inaláveis finas)

As partículas inaláveis finas têm diâmetro aerodinâmico menor ou igual a 2,5 µm. “Por causa do seu tamanho diminuto, penetram profundamente no sistema respiratório, podendo atingir os alvéolos pulmonares”, complementa.

O3 (ozônio)

“Oxidantes fotoquímicos” é a denominação que se dá à mistura de poluentes secundários formados por reações entre os óxidos de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis, na presença de luz solar, sendo estes últimos liberados na queima incompleta e evaporação de combustíveis e solventes.

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O principal produto dessa reação é o ozônio, por isso mesmo utilizado como parâmetro indicador da presença de oxidantes fotoquímicos na atmosfera. Tais poluentes formam a chamada névoa fotoquímica ou “smog fotoquímico”, que possui esse nome porque causa na atmosfera diminuição da visibilidade.

“Além de prejuízos à saúde, o ozônio pode causar danos à vegetação. É sempre bom ressaltar que o ozônio encontrado na faixa de ar próxima do solo, onde respiramos, chamado de “mau ozônio”, é tóxico. Entretanto, na estratosfera (cerca de 25 km de altitude) o ozônio tem a importante função de proteger a Terra, como um filtro, dos raios ultravioletas emitidos pelo Sol”, explica a Cetesb.

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