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O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta sexta-feira que vai respeitar "a vontade do povo ucraniano" nas eleições presidenciais deste fim de semana e trabalhará com quem quer que seja eleito.
O impasse entre os separatistas pró-Rússia na Ucrânia oriental e tropas enviadas por Kiev em uma tentativa de acalmar a região deixaram dezenas de mortos. A onda de violência aumentou novamente nos últimos dias, elevando a preocupação de que a votação, prevista para o domingo, será marcada por violência.
"O que queremos para a Ucrânia é paz e calma", disse Putin. "Após a eleição, é claro que vamos cooperar com o chefe de Estado recém-eleito".
A Ucrânia está em uma guerra civil em grande escala, disse ele, mas acrescentou que espera que todas as ações militares devem ser interrompidas após as eleições e que um diálogo nacional seja iniciado.
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Os separatistas prometeram inviabilizar o votação no leste e uma onda de violência pode fazer com que as pessoas fiquem em casa, reduzindo o comparecimento às urnas. Autoridades russas disseram que a instabilidade coloca dúvidas sobre a legitimidade de qualquer resultado.
A Ucrânia acusa a Rússia de fornecer homens e armas para a insurgência, alegação que Moscou nega. Falando em um fórum econômico anual, Putin disse que a União Europeia e os EUA eram responsáveis pelo "caos" na Ucrânia.
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Ele disse que a crise afetou o nível de confiança com o Ocidente, alegando que a derrubada do ex-presidente Viktor Yanukovychi foi um golpe de Estado apoiado pelos EUA e a UE. "E em seguida? Caos e uma guerra civil em grande escala", disse Putin.
Putin disse que Moscou ajudou a realizar um referendo na Crimeia, o que resultou anexação da região à Federação Russa, para evitar uma onda de violência que agora abala o leste da Ucrânia. "Se não fizéssemos isso, teríamos uma tragédia maior do que há em algumas cidades na Ucrânia", disse Putin, referindo-se a conflitos e um incêndio na cidade de Odessa, que deixaram 46 pessoas mortas.