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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira que os temores sobre a contração econômica, por causa das sanções ocidentais e a queda nos preços do petróleo, não se concretizaram e a economia pode se recuperar mais cedo do que o esperado.
"Nós esperávamos uma queda acentuada na produção no início deste ano, mas isso não aconteceu", disse Putin em uma entrevista. Em dezembro, o presidente da Rússia havia projetado que a recuperação levaria dois anos.
Ele destacou como "ótima" a atuação do governo em relação aos desafios econômicos, observando que as autoridades conseguiram evitar uma nova aceleração da inflação e uma contração econômica mais profunda.
Enquanto ele admitiu que a renda dos consumidores tem sido corroída pela inflação alta, Putin disse que a recente recuperação do rublo e sinais de estabilização na economia sugerem que as perspectivas melhoraram.
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Quando perguntado sobre as razões para a rápida recuperação do rublo, que esta semana fez com que o dólar ficasse abaixo de 50 rublos pela primeira vez desde novembro, Putin disse que era porque a Rússia "passou seu pico de problemas", referindo-se ao pagamento da dívida externa e a inflação. Putin reiterou que as autoridades russas, até agora, agiram de "forma ideal" para enfrentar a crise, lembrando que foi aprovada recentemente uma ajuda de US$ 46,850 milhões para aliviar o impacto da crise.
Em resposta a uma pergunta do ex-ministro das Finanças, Alexei Kudrin que criticou o fracasso do governo de realizar esforços para abrir a economia e racionalizar os gastos do governo, Putin defendeu a abordagem cautelosa do Kremlin, observando que manter o apoio público era vital e que reformas econômicas poderiam levar "uma carga excessiva sobre os cidadãos".
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Em relação às sanções ocidentais impostas por causa dos conflitos co a Ucrânia, Putin observou que não devem ser retiradas tão cedo. "Eu duvido que devemos esperar uma retirada das sanções, porque elas são motivadas politicamente".
Ele disse que Moscou está cumprindo a sua parte do acordo de paz realizado em janeiro com a Ucrânia. Este acordo é uma das condições que o Ocidente levará em consideração para a retirada das sanções. No entanto, Kiev e capitais ocidentais acusaram a Rússia de ficar aquém de suas obrigações.
Putin defendeu as sanções que o governo impôs à importação de alimentos dos países ocidentais em retaliação às restrições impostas à Rússia. Ele disse que os limites ajudarão a impulsionar a produção agrícola nacional.
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