Putin diz que forças da Síria não pretendem atacar Israel

O presidente russo, Vladimir Putin, se reuniu com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em sua residência nesta segunda-feira, informou o Kremlin. O encontro ocorre no momento em que a maior presença militar russa na Síria gera preocupações em vários países, inclusive Israel.

A visita do líder israelense ocorre no momento em que o governo da Rússia sinaliza sua prontidão para continuar a apoiar o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad. Militares norte-americanos dizem que o envio de um pequeno número de aeronaves russas para a Síria e o reforço de sua base costeira indicam que Moscou se prepara para envolver suas tropas diretamente na guerra civil síria.

O secretário de Defesa dos EUA, Ash Carter, discutiu na semana passada o fato com o ministro da Defesa russo, Sergey Shoygu, a fim de esclarecer o assunto. A Rússia diz que o aumento da presença é parte de uma entrega pendente de equipamento militar para as forças de Assad.

As movimentações russas, porém, geraram preocupação no governo israelense, que teme que esse armamento acabe nas mãos de grupos militantes, entre eles o Hezbollah, apoiado pelo Irã, que também apoia Assad.

Putin disse que o Exército sírio e a Síria como um todo não estão em condições de abrir uma segunda frente de combate, ou seja, não pretendem atacar Israel, segundo a agência de notícias Interfax. "Eles têm seu próprio governo para salvar", comentou o presidente russo.