Cotidiano
De acordo com o presidente do diretório municipal, a iniciativa servirá para o parlamentar lançar na cidade a revista na qual critica o julgamento do mensalão
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Enquanto o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) aguarda a expedição do seu mandado de prisão pelo Supremo Tribunal Federal, o diretório municipal do PT de Osasco, na Região Metropolitana de São Paulo, marcou para esta quinta-feira, 16, um ato de desagravo ao ex-presidente da Câmara
De acordo com o presidente do diretório municipal, José Pedro, a iniciativa servirá para o parlamentar lançar na cidade, seu principal reduto eleitoral, a revista na qual critica o julgamento do mensalão. "Ele quer passar a versão dele para as bases da região, colocar a versão dos fatos como ela é", disse José Pedro.
O ato está previsto para ser realizado às 18 horas, na Associação Atlética Floresta, na região central da cidade. O diretório do PT de Osasco confirmou que João Paulo vai participar do evento.
Ainda segundo o diretório municipal, também foram convidados para o evento o presidente nacional da sigla, Rui Falcão, o presidente do diretório estadual de São Paulo, Emídio de Souza, além de deputados e vereadores petistas. Até o início da noite de quarta, 15, eles não haviam confirmado presença.
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Condenado a uma pena total de 9 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro - pelo qual ele teve os embargos infringentes aceitos -, corrupção passiva e peculato, João Paulo lançou em dezembro uma revista na qual critica o julgamento do mensalão. Desde então, ele tem aproveitado eventos do partido e o plenário da Câmara para criticar o processo e, principalmente, o presidente do Supremo, ministro Joaquim Barbosa.
Prisão
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Por decisão do STF, as condenações por corrupção passiva e peculato foram consideradas transitadas em julgado e Barbosa já determinou o início da execução penal para esses crimes. O presidente do Supremo, contudo, saiu de férias sem expedir o mandado de prisão de João Paulo.
Como a decisão sobre os mandados de prisão cabem ao relator do mensalão, o petista só deve ser preso após o ministro voltar do recesso, no início de fevereiro. João Paulo é o único dos detentores de mandato condenados no julgamento do mensalão que ainda está em liberdade.
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