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O PSDB terá candidato à Presidência da Câmara de Santos para o biênio 2015/2016. A legenda comanda o Legislativo com neste biênio (2013/2014), com Sadao Nakai, e deve definir na primeira quinzena de outubro o nome para levar na disputa marcada para a última sessão ordinária deste ano, no dia 14 de dezembro.
O partido é o dono da maior bancada desta legislatura. Tem seis dos 21 vereadores: o presidente Sadao Nakai, José Lascane, Ademir Pestana, Hugo Duppre, Sandoval Soares e Carlos Teixeira Filho, o Cacá Teixeira. A “sombra” dos tucanos é o PMDB, partido com quatro parlamentares (Antônio Carlos Banha Joaquim, Roberto Oliveira Teixeira, Marcus de Rosis e Manoel Constantino).
O Regimento Interno da Câmara não permite a reeleição para a Presidência no mesmo mandato. Um vereador só pode voltar a presidir a Casa se for reeleito em outro mandato. Sadao, portanto, não está entre os candidatos.
O nome mais lembrado nas fileiras tucanas para suceder Sadao é o de José Lascane. Por ser professor e especialista de Matemática, os mais experientes se referem a ele como Malba Tahan (heterônimo do professor Júlio César de Mello e Souza, autor do romance “O homem que calculava”).
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Lascane tem 68 anos e está no seu sétimo mandato. Acumula 26 anos seguidos de atividades no Legislativo santista. Hoje líder do prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) na Câmara, Lascane tem perfil conciliador. Até mesmo nos questionamentos mais ácidos da oposição, desde o início do Governo Paulo Alexandre, Lascane tem mantido o mantra de não tentar barrar nenhum requerimento de pedido de informações, destacando sempre a disponibilidade de a Administração Municipal em responder aos questionamentos feitos em plenário.
Foi traído
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As últimas definições da Presidência da Câmara têm sido consensuais. Mas nem sempre foram assim. O próprio Lascane foi vítima de uma traição de seus pares, em 1997.
Lascane era o candidato com melhor articulação. Tinha formado uma chapa com as assinaturas de vários colegas de plenário. Um complô articulado na noite do Réveillon de 1996 – a definição naquela época se dava em 1º de janeiro – por um grupo de vereadores acabou formando uma chapa encabeçada por Marivaldo Aggio.
Para evitar reviravoltas, o grupo de apoio a Aggio o “sequestrou” na madrugada do dia 1º, isolando-o em um clube de bochas. A medida se fez necessária para evitar o apoio dele ao grupo opositor.
Na tarde do dia 1º de janeiro, Aggio foi levado a um escritório de Advocacia, na Praça Mauá, a poucos metros da antiga sede da Câmara de Santos (primeiro andar do Paço Municipal). Lá, recebeu um terno e partiu para a Câmara. A estratégia deu certo: acabou eleito presidente, sob vaias e xingamentos de pessoas ligadas ao grupo opositor.
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Grupo não fechado
A apuração feita pelo Diário do Litoral nas últimas duas semanas mostra que os tucanos podem não votar unidos na escolha do próximo presidente da Câmara. É cristalino o distanciamento do vereador Hugo Duppre dos demais.
Há informações de que Duppre esteja sendo sondado por vereadores do PMDB para a formação de uma chapa para a sucessão de Sadao.
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