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Santos se transformou em uma cidade sitiada na manhã desta quinta-feira (11). O Dia Nacional de Luta, organizado por sete centrais sindicais, fechou as entradas da Cidade na orla, na divisa com São Vicente, e o acesso ao Sistema Anchieta-Imigrantes, no Saboó, para quem pretendia se deslocar até a Capital. Os organizadores citavam o 11 de julho como um dia histórico para os trabalhadores de várias categorias.
A paralisação do tráfego entre São Vicente e Santos pela orla começou mais cedo, por volta das 5h30. Já o fechamento da Avenida Martins Fontes, que dá acesso à saída de Santos para São Paulo, se deu entre 9h30 e 10h30.
Na Avenida Presidente Wilson, que dá acesso a São Vicente pela orla, 15 ônibus municipais estavam parados em duas faixas da via, pouco antes das 8 horas. Quatro viaturas da Polícia Militar davam apoio à manifestação.
Os manifestantes estavam com faixas e bandeiras das centrais sindicais CUT, Força Sindical, Intersindical, UGT, CGTB, Nova Central e CTB e também de alguns sindicatos, como dos bancários e dos comerciários. Segundo um dos organizadores, José Muniz Júnior, representante da Força Sindical, “com o fator previdenciário, alguns terão de trabalhar até 95 anos para se aposentarem”.
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Mesmo esperando desde quase às 6 horas para chegar a Santos, o ceramista Osnir José da Silva apoiava a manifestação. “Tem de reivindicar mesmo. Não tenho nada contra o movimento”, afirmou ele, que tinha de trabalhar em uma construtora no Canal 4.
A Reportagem também identificou que muitos moradores das duas cidades não escondiam a insatisfação com o transtorno causado no trânsito. As duas calçadas da Avenida Presidente Wilson se transformaram em uma maré de pessoas apressadas para chegar ao trabalho. Já os motoqueiros desceram de seus veículos e passaram a empurrá-los na ciclovia, que também ficou tomada.
Apesar do trânsito bloqueado, o Diário do Litoral presenciou a liberação de dois veículos. Seus ocupantes alegaram que trabalhavam em serviços de Saúde e eles puderam seguir pela avenida vazia rumo a Santos.
Confira um vídeo da manifestação feito pelo repórter Luigi Di Vaio:
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Entrou no caixão
Embora a pauta de reivindicações fosse extensa, não faltou bom humor no ato. Um grupo de manifestantes levou um caixão e, num certo momento, um deles chegou a entrar no ataúde. Um dos organizadores que discursaram, Luiz Xavier criticou a destinação, por parte do Governo Federal, de 10% do orçamento para a Educação “e 45% para meia dúzia de sanguessugas”.
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