A diretora do projeto Jaíra fala como são as aulas de audiovisual em um espaço, em Itanhaém / Luiz Carlos da Silva/Divulgação
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Proporcionar a formação na área de audiovisual e oferecer uma mostra de filmes nacionais em Itanhaém. Essa é a intenção do projeto Rolê 22, desenvolvido pela ONG Instituto CP Brasil, de São Paulo. A ONG surgiu em São Paulo, no ano de 2015.
A diretora geral do projeto e coordenadora pedagógica da residência, Jaíra Poti, explica que o projeto Rolê 22 surgiu para questionar uma afirmativa em um evento do centenário da Semana de Arte Moderna, em 2022.
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“Em um evento realizado, em São Paulo, no centenário da Semana de Arte Moderna, questionamos a afirmativa que a cultura paulistana começou na Semana de 1922”.
O projeto já promoveu três apresentações do Rolê 22 - na aldeia Tabaçu Reko Ypi, na divisa entre Itanhaém e Peruíbe; no quilombo Ivoporunduva, no Vale do Ribeira e na Ocupação, no espaço cultural no centro de São Paulo.
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O Rolê 22 começou no mês de junho deste ano, em Itanhaém.
“O objetivo é proporcionar a formação na área de audiovisual. Além da mostra de cinema que pretende formar público para o audiovisual do cinema nacional”, explica Jaíra.
A residência, que é a formação dos profissionais em audiovisual, oferece aulas teóricas e práticas em Itanhaém. “A ideia é formar os profissionais não somente para produzir suas próprias obras, mas para servir ao mercado local na Cidade”, destaca.
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Há ainda a mostra de cinema que iniciou em junho deste ano, com o filme de longa metragem “Camicase”, produzido em Itanhaém, pelo diretor Marcelo Galvão. Em julho, o filme foi cancelado devido à chuva.
Em agosto foi o filme “Ó Paió 2” e, no dia 7 de setembro, foi o filme “Filho de Boi”. A quarta edição será dia 5 de outubro, com a apresentação do filme “Medida Provisória”, de Lázaro Ramos.
A mostra acontece no primeiro sábado do mês, na areia da praia, entre os quiosques Tropical e Renascer, no bairro Nova Itanhaém. As sessões são abertas ao público.
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A formação em audiovisual acontece com aulas de formação e de vivência para o aluno aprender na prática, com a câmera na mão. Há um espaço onde são realizados os encontros e a troca de conhecimento com o formador.
As aulas acontecem todos os domingos, no horário das 14 às 18 horas, de forma presencial. A formação será por cinco meses e segue até o mês de novembro.
Atualmente oito alunos participam da residência. As etapas são: direção de fotografia, edição, roteiro e produção executiva.
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Há ainda o estúdio móvel, um contêiner adaptado, que vai percorrer vários locais, como as aldeias indígenas, os bairros de periferia e os quilombos. Na próxima semana, o estúdio móvel estará no bairro Vila Loty.
Os alunos já participaram de uma vivência em um sarau, na cafeteria “Delícias da Villa”, no centro. “As duplas de alunos escolheram e registraram uma atração artística e vão produzir uma peça audiovisual”.
Entre os alunos estão dois jovens indígenas Kerexu e Tokumbó, da aldeia Nhamandu Ouá, de Itanhaém.
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A estudante Lolita Flor, de 18 anos, diz “é uma oportunidade para aprender como funciona a área de audiovisual e o seu desenvolvimento”. Lolita já foi convidada pra fazer parte do making off na produtora O2, em São Paulo, responsável pelo filme “Cidade de Deus”.
A diretora afirma que a ideia é prosseguir com o projeto Rolê 22 na Cidade. O projeto já foi inscrito no edital da lei Paulo Gustavo e será inscrito nos editais das leis de incentivo à cultura, como os da Petrobras e do Proac.
Jaíra explica que a produção do projeto Rolê 22 acontece graças a uma emenda parlamentar da ex-deputada estadual Erica Malunguinho.
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“Estamos em busca de outros apoiadores por parte da iniciativa privada. Um deles é o Delícias da Villa, de Itanhaém”, conclui.
Mais informações sobre o projeto Rolê 22 podem ser obtidas no Instagram @rolevintedois.