Cotidiano

Projeto quer implantar ecobarreiras em Santos

Proposta do vereador Kenny Mendes visa conter lixo vindo das palafitas. Por meio do Onda Limpa, a Prodesan recolhe, por ano, 40 toneladas de detritos do mar

Publicado em 24/11/2014 às 10:50

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Grande parte dos detritos atirados no mar, em Santos, tem como destino o Canal do Estuário. Anualmente, por meio do programa Onda Limpa, a Prodesan retira 40 toneladas de lixo das águas do município.

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Uma parcela do lixo encontrado no Estuário tem origem nas palafitas erguidas na área de mangue da cidade. Um projeto de lei, que visa impedir a ida desses dejetos para o mar aguarda por votação no Câmara santista.

Proposta pelo vereador Kenny Mendes (DEM), a iniciativa visa a implantação de ecobarreiras, que fariam a retenção dos detritos ainda no mangue.

Para Mendes, o projeto iria ocupar um vazio no sistema de limpeza de Santos. “Nós temos, na área das palafitas, uma falha na limpeza da cidade. A coleta do lixo das ruas é bem feita, existem leis para não sujar vias, temos uma força-tarefa nas praias com tratores e pessoal da limpeza. Existem catamarãs que recolhem os detritos flutuantes nas águas, mas na área do mangue fica um vazio. O caminhão de lixo não consegue entrar lá, o catamarã não entra porque é raso demais, ele ficaria atolado. Fica um vácuo na cidade”.

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O processo envolvendo a ecobarreira é simples. Estacas para sustentação das barreiras são presas no fundo do mangue. Na sequência, são instalados tambores, conectados uns aos outros, que ficam na superfície da água e possuem redes acopladas para reter os detritos. As ecobarreiras seriam posicionadas entre 8 e 12 metros das palafitas.

Parte do lixo encontrado no Estuário vem das palafitas em área de mangue (Foto: Luiz Torres/DL)

Kenny apresentou o projeto em março, mas ele ainda não entrou em votação. Ele já possui a verba para dar início ao programa. “Eu consegui, junto ao Ministério das Cidades, uma emenda de R$ 250 mil para esse projeto, mas ele precisa ser aprovado pela Prefeitura para ser implantado. Já estive em Brasília e tenho essa emenda apalavrada com o deputado federal Guilherme Mussi (PP-SP). Assim o projeto for aprovado, a emenda será liberada. Já tem essa verba comprometida”.

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A expectativa do vereador é que o projeto de lei entre em pauta até o fim do ano. Além de evitar que os detritos cheguem ao mar, a proposta também visa lucro para as comunidades. “A ideia é envolver ONG’s da cidade para elas coletarem os dejetos que ficam presos na barreira e reciclarem, gerando renda para a própria comunidade”.

De acordo com Mendes, a iniciativa foi bem aceita por líderes comunitários da região. Ele acredita que haverá uma redução de 50% na quantidade de lixo nas águas da cidade. “Nós garantiríamos o lado de Santos. Vale lembrar que existem palafitas em Guarujá e São Vicente. Se essas duas cidades, após o nosso exemplo, seguirem esse mesmo projeto, aí sim nós teríamos quase que 100%”.

Ideia veio do Rio de Janeiro

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Para escrever o projeto de lei, Kene baseou-se na iniciativa de despoluição da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. “Na realidade, foi algo que eu vi ano passado, durante a preparação para as Olimpíadas do Rio. Eu assisti a uma reportagem onde buscavam uma solução para despoluir a Baía de Guanabara e mostraram essas ecobarreiras. Eu pensei que seria o ideal para o nosso Estuário”.
 

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