Prédio foi tombado em 2016 pelo Codepasa e é de proteção total / Nair Bueno/DL
Continua depois da publicidade
Escola do Legislativo ou de Cursos Profissionalizantes? Essa é a mais nova discussão que está sendo travada de bastidores sobre o futuro da escola Acácio de Paula Leite Sampaio, localizada à Rua Sete de Setembro, no bairro Vila Nova.
A proposta inicial é que a instalação no prédio da Escola do Legislativo e da Cidadania de Santos, projeto da Câmara de Vereadores, que não conseguiu tirar do papel as reformas necessárias de readequação do imóvel.
Continua depois da publicidade
Por isso, depois de dois anos sem que o prédio começasse a ser ocupado, há rumores que o edifício poderá voltar a sediar cursos técnicos profissionalizantes gratuitos, só que para área portuária, a jovens carentes do Centro e periféricos da Cidade.
Movimento neste sentido vem sendo articulado pelo ex-vereador Martinho Leonardo que, no início do mês, esteve reunido com a Direção da Associação Comercial de Santos (ACS) e com o atual presidente da Câmara de Santos, Adilson Júnior (PP). Esse último, segundo Martinho, teria se mostrado entusiasmado com a ideia.
Continua depois da publicidade
"Os empresários portuários, reclamam que há falta de mão de obra qualificada e especializada", afirmou ontem Leonardo à Reportagem, garantindo que essa proposta atingiria um maior número de interessados e a Escola do Legislativo continuaria a funcionar na sede do Legislativo, como vem ocorrendo até hoje.
Leia também:
Escola Acácio de Paula Leite Sampaio vira debate e denúncia no MP
Reativação da Escola Acácio de Paula Leite Sampaio, em Santos, é descartada
Em novembro de 2019, a Câmara de Santos assumiu o prédio da escola, onde seria instalada a Escola do Legislativo e da Cidadania e outros anexos. O prédio abrigaria as instalações administrativas e manteria parte do imóvel para a sua finalidade original, implantando assim a Escola do Legislativo, voltada à capacitação de servidores e à oferta de cursos à população.
Continua depois da publicidade
O então presidente da Câmara, vereador Rui De Rosis (PSL), revelava que a iniciativa iria aprimorar a prestação de serviço e aproximar a população da Câmara. O prédio foi transferido pela Prefeitura naquela ano. O decreto foi assinado pelo então prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) em solenidade realizada na área livre do imóvel.
Procurada, a Câmara informa que logo após assumir a escola ocorreu a pandemia, que já consumiu por volta de um ano e meio a atenção. No entanto, existe planos mas, dada a complexidade que o edifício apresenta "por ser um patrimônio histórico, por se tratar de revitalização, aliada à complexidade do rito burocrático da gestão do poder público, estamos finalizando as avaliações para dar o melhor encaminhamento possível", resume em nota.
A escola é de proteção total e foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Codepasa) em 2016.
Continua depois da publicidade