Cotidiano

Projeto desperta cidadania aos alunos de escola pública no litoral de SP

Professora Chymenes desenvolve atividades com os alunos na EM Maria do Carmo, além de visitas aos pontos históricos e turísticos Cidade

Nayara Martins

Publicado em 19/10/2024 às 07:35

Atualizado em 19/10/2024 às 07:35

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Crianças já conhecem os principais pontos históricos e o Parque Amazônia em Itanhaém / Divulgação

Desenvolver o senso de pertencimento e ainda conhecer e valorizar a Cidade. Esse é o objetivo do projeto “Minha cidade tem histórias e memórias”, desenvolvido pela professora Chymenes Monalisa Braziliano Oliveira, de 39 anos, com as crianças do Pré II da educação infantil, na EM Maria do Carmo de Abreu Sodré, no bairro Nossa Senhora do Sion, em Itanhaém.

“O objetivo do projeto é desenvolver nas crianças o senso de pertencimento na primeira infância. Para que elas saibam que a cidade é um dos primeiros núcleos históricos do Brasil e, por meio do conhecimento, elas saibam valorizar e preservar o patrimônio material e imaterial”, esclarece a professora.   

Cita ainda que entre o patrimônio imaterial estão as lendas, as histórias, as tradições e os festejos, além dos povos originários e pescadores da Cidade.

Chymenes atua na rede municipal de Itanhaém há quase oito anos. Mas já trabalha na Educação há 20 anos.  

Afirma que os primeiros passos do projeto foram em 2018, na Escola Municipal Shirley Mariano. Mas o início se deu na escola Maria do Carmo, com as crianças, em 2023. 
O projeto conta ainda com a participação da professora Simone Leston da Silva, de 54 anos, há 25 anos na área.

E já contemplou 233 crianças da Educação Infantil, na faixa etária entre 4 e 5 anos, na EM Maria do Carmo. 

A professora revela que o projeto está concorrendo ao prêmio “Meu pátio é o mundo”, onde participam projetos de escolas de países da América Latina. E está entre os dez finalistas do Brasil.  

Ações

O projeto busca ensinar as questões da sustentabilidade e da reciclagem para que as crianças tenham o contato com a natureza.

As crianças iniciaram atividades para ter um jardim sustentável na escola, com a participação dos pais. “Elas também aprenderam a cultivar plantas medicinais em um canteiro. Foram plantadas melissa, capim santo, boldo e outras”.

E conheceram a história, a fundação e o espaço da escola. 

Outra etapa foi o conhecimento do bairro por meio de um levantamento dos pontos positivos e negativos. Um dos pontos detectados pelos alunos foi a questão do lixo e do descarte irregular por alguns moradores no bairro. Elas fizeram passeatas e distribuíram panfletos aos moradores para não jogarem o lixo nas ruas.

As crianças também formaram o Conselho Mirim. Elas apontaram ações, como a revitalização do jardim, a confecção de lixeiras sustentáveis com material descartável. E foi confeccionado o Zé Tampinha e a Bia Tampinha, que recebem tampinhas de garrafas pets e serão usados no eco muro da escola. 

Os alunos também visitaram os pontos turísticos e históricos da Cidade - a Igreja Matriz, a antiga Casa de Câmara e Cadeia, o convento Nossa Senhora da Conceição e a Passarela de Anchieta. 

Outro passeio com as crianças foi no Parque Amazônia Paulista, onde abriga o Museu. Elas conheceram as salas temáticas da Mata Atlântica e do oceano.  
Mais uma atividade desenvolvida entre os pais e os alunos foi uma oficina de brinquedos com materiais recicláveis. E um desfile com roupas confeccionadas com material reciclável. “O projeto cresceu bastante este ano graças ao acompanhamento dos pais”, frisa.

Este ano, houve ainda as oficinas de escultura de areia com a escultora Renata Louzada, com as turmas da pré-escola.

Também aconteceram as “Tardes de Re-contos”, com a participação da professora Ana Maria Ferreira, a Nana, que contou histórias infantis.   

Próximas etapas

Outra etapa é a ser desenvolvida na escola é o “Nosso espaço como território educador”, com os ateliês culturais entre alunos e pais.   

O projeto está alinhado aos objetivos de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 da ONU. Simone diz que serão enviadas propostas à COP das crianças, que será em 2025, em Belém, no Pará.

Itanhaém já foi contemplada como Cidade Educadora, nos anos de 2022 e 2023. 

“Nossa intenção é que o projeto “Minha cidade tem histórias e memórias” possa ser desenvolvido em todas as escolas de educação infantil no município”, conclui Chymenes.

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