Cotidiano

Profissionais de educação da rede estadual do Rio decidem continuar greve

Nesta terça-feira (27), cerca de 300 grevistas se concentraram em frente à Câmara Municipal do Rio de Janeiro, e seguiram em passeata até a escadaria da Alerj

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 27/08/2013 às 21:11

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

Profissionais de educação da rede estadual decidiram hoje (27) dar continuidade à greve, que já dura 19 dias. A categoria se reuniu em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Cerca de 300 grevistas, segundo a Polícia Militar, se concentraram em frente à Câmara Municipal do Rio de Janeiro, na Cinelândia, e seguiram em passeata até a escadaria da Alerj.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Pela manhã, em audiência com o subsecretário de Gestão de Pessoas da Secretaria de Educação, Luiz Carlos Becker, integrantes da diretoria do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) voltaram a cobrar reajuste salarial de pelo menos 16%, mas o governo informou não ter recursos financeiros para atender à reivindicação. Além do reajuste, os professores querem trabalhar (estar martriculado) em apenas uma escola, carga horária de 30 horas semanais e a retomada da grade curricular de 2003.

Para a coordenadora-geral do Sepe, Martha Moraes, não é factível a alegação do estado de não ter verba para pagar o reajuste salarial reivindicado. “O governo diz não ter um centavo para dar reajuste salarial, mas nós já comprovamos que tem, inclusive o governo está longe do limite deste ano. O dinheiro existe, tanto que estão fazendo a Copa do Mundo e Olimpíadas, mas o governo tem que garantir dinheiro para a educação também”, argumentou.

Professores da rede municipal fizeram manifestação em frente à prefeitura do Rio, na Cidade Nova (Foto: Agência Brasil)

Continua depois da publicidade

O governo do Rio informou, em nota, que “compartilha da opinião sobre a fidelização de uma matrícula por escolas. Alerta, porém, que, por menor que seja o número com o qual ocorre o contrário, a mudança não pode ser feita imediatamente”. Segundo a secretaria, o percentual de professores que trabalham em mais de três escolas não chega a 5%, e se a exigência for atendida imediatamente, cerca de 200 mil alunos sofrerão com a falta de professores.

Sobre o reajuste salarial, o governo do estado informou já ter concedido neste ano 8% para a categoria, e descartou a possibilidade de  um novo aumento, frisando que “nenhuma categoria recebe mais de um reajuste anual”.

Uma nova assembleia da categoria está marcada para sexta-feira (30), às 14h, para discutir os rumos da greve.

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software