Cotidiano

Professores protestam em São Vicente

Eles lutam por equiparação salarial. Prefeitura só responderá no dia 12 e Sindicato quer assembleia no dia 19

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 02/02/2015 às 19:07

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Professores de São Vicente podem entrar em greve nos próximos dias. Eles estão descontentes com a Prefeitura e também com o Sindicato dos Servidores Municipais (SindservSV) pela morosidade nas negociações visando a equiparação salarial da categoria, que envolve mais de 2.500 educadores e está no dissidio coletivo da categoria desde 2013,

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Nesta segunda-feira (2) à tarde, um grupo fez uma manifestação na porta do Paço Municipal. A polícia foi acionada. Segundo informações, os professores que tem jornada inferior a 180 horas mensais estariam sendo prejudicados em relação aos que tem jornada de 220 horas porque estes últimos ganharam 20 horas a menos de trabalho sem ter os vencimentos reduzidos.

As aulas começam amanhã. No entanto, a situação, segundo os professores, vem se arrastando sem uma posição do Executivo e nem do Sindicato. O prazo fixado para por um ponto final na questão acabou na última sexta-feira (30).

Hoje, a Secretaria da Educação (Seduc) informou que tem até o próximo dia 12 para se pronunciar sobre a equiparação dos valores de horas aulas dos professores. O prazo foi acordado em reunião com o Sindicato de Servidores Públicos de São Vicente (SindservSV), que quer discutir a questão no próximo dia 19, em uma assembleia com a categoria, após receber a contraproposta do Executivo.  

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Professores protestaram na porta da Prefeitura (Foto: Andreia Lamaison/Leitor DL)

Hoje, às 15h30, os professores deverão participar da reunião para discutir outro assunto também bastante complicado: a não convocação dos professores aprovados no concurso público de 2012.  

Vale lembrar que, ano passado, o promotor de Justiça da Infância e Juventude de São Vicente, Eduardo Gonçalves de Salles, abriu inquérito civil para apurar possíveis irregularidades na prestação do ensino público municipal com relação à falta de professores na rede. A iniciativa se baseou na denúncia de uma mãe de aluno que reclamou da falta de professores, alertando que alunos estariam sendo dispensados antes do horário regular.  

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Eduardo Salles alertou que a Administração pode estar descumprindo a Constituição Federal, o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional. Paralelamente, a Câmara de Vereadores constituiu uma Comissão Especial de Vereadores (CEV) para apurar a falta de professores.

Em agosto último, o prefeito Luís Cláudio Bili (PP) garantiu  que iria prorrogar, por mais dois anos, o concurso público realizado em 2012. O concurso teve 700 classificados e estava ameaçado de ser extinto para dar lugar a um novo certame.

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