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Os profissionais da rede estadual de ensino decidiram ontem (8) pela manutenção da greve, em assembleia no Club Municipal, na Tijuca, bairro da zona norte da capital fluminense. Segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), 90% da categoria estão parados. A Secretaria Estadual de Educação (Seeduc) informa que a adesão dos professores na chega a 1%. A categoria está parada desde o dia 8 de agosto. Entre outras reivindicações, os professores querem 20% de aumento salarial.
A Seeduc declarou que prepara uma programação especial para todo o mês de outubro, celebrando o Dia do Professor, no próximo 15 de outubro. Na avaliação da secretaria, a data não pode deixar de ser celebrado por causa da greve. O Sepe, no entanto, disse que não há o que comemorar.
No dia 15, segundo a entidade, os professores preparam um grande ato unificado com a rede municipal de ensino, no centro do Rio, para destacar a importância dos mestres na atividade educativa da sociedade e pressionar os governantes. "É uma vergonha o governo não nos receber para negociar. Depois de uma comoção nacional, o governador mantém a mesma postura, pede o fim da greve, mas não aponta nenhuma saída para isso acontecer. Todos perdem com isso, categoria, alunos e principalmente o governo", disse a coordenadora do Sepe, Vera Nepomuceno.
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A Seeduc informou, em nota, que "amparada por decisão judicial, está efetuando o cortar do ponto dos servidores faltosos a partir do dia 25 de setembro, quando foi publicado o acórdão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça ratificando a ilegalidade da greve", e todos os dias de aulas que não forem repostos serão descontados. Ainda de acordo com a secretaria, a multa diária de R$ 300 mil só poderá ser aplicada ao Sepe após o julgamento final.
O Sepe informou que pretende entrar com um recurso no Supremo Tribunal Federal contra a decisão do governo de cortar o ponto dos grevistas.
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