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Após 72 dias de greve dos professores da rede estadual de São Paulo, a categoria reconheceu pela primeira vez queda na adesão. Segundo o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), principal representante dos docentes no Estado, os grevistas estão hoje em cerca de 30% de toda a rede. No auge da paralisação, no mês de abril, o sindicato chegou a apontar uma adesão de 60%.
O governo estadual nega o dado do sindicato e dia que o índice de faltosos é inferior a 5%, média comum de faltas na rede, que tem cerca de 230 mil professores.
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A presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, atribuiu a diminuição ao que chamou de "intransigência" do governo nas negociações e ao desconto dos salários. Os docentes começaram a ter valores descontados por faltas desde maio. O caso é analisado no Supremo Tribunal Federal (STF).
Até agora, o governo estadual não definiu o índice do reajuste e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que a negociação será somente em julho. Para minimizar o movimento grevista, a gestão prometeu benefícios aos profissionais temporários, da chamada categoria O, como acesso ao Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe).
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Sobre a discrepância entre os números apresentados pelo sindicato e pelo governo estadual, Maria Izabel declarou que há "maquiagem" da Secretaria Estadual de Educação. "Os números nunca bateram. Sempre falam que o índice é de 5%. Veja a greve de 1989. Veja a de 2010."
"Qual é a categoria que resiste? Tem corte de salário, vai sendo pressionada", disse Maria Izabel. Ela lembrou a decisão judicial obtida pelo governo estadual que impede os grevistas de fazerem propaganda da greve nas escolas. "Dizem que caiu a lei da mordaça. Eu tenho dúvidas", afirmou.
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