Mães reclamaram a situação da piscina municipal da Mirim / Divulgação
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A denúncia publicada na última quarta-feira (24) de mães revoltadas com a iniciativa da Prefeitura de promover a manutenção da maior piscina municipal de Praia Grande - localizada na Avenida Presidente Castelo Branco com a Rua Gilberto Fouad Beck, no Bairro Mirim - durante as aulas e manter baixa a temperatura da água causando dor de ouvido nas crianças levou o professor de Educação Física, Cristiano Torres, a fazer um alerta sobre a ingerência e irresponsabilidade públicas sobre a questão.
"Crianças são as mais afetadas e muitas acabam desistindo da prática de natação. O ideal da temperatura da água para prática de natação é entre 25 e 28 graus. Porém, conforme a sensação térmica local e devido à baixa temperatura, pode se chegar entre 29 e 30 graus se necessário, ainda mais se tratando de crianças. Isso vai da percepção e humanização dos responsáveis pela manutenção da piscina e práticas de atividades aquáticas. O ideal seria piscinas cobertas, espaçosas e bem ventiladas", afirma.
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A Prefeitura de Praia Grande garante que a situação foi pontual e que a temperatura da água da piscina é controlada constantemente, mantida a 28 graus. Porém, devido à necessidade de pintura do telhado, foi necessário o desligamento temporário do aquecedor do equipamento esportivo, que ficou funcionando em 26,5° graus na última segunda-feira (22).
O professor explica que frio traz desconforto para os praticantes e por consequência faz com que os alunos e atletas tenham baixo desenvolvimento de suas habilidades aquáticas sendo assim não atingindo o ápice da excelência na performance e aprendizagem em seu desenvolvimento.
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HIPOTERMIA.
Torres, afirma que, devido à baixa temperatura, a criança pode ter convulsões, otites, pneumonia, parada cardíaca, desistir em praticar natação e, o mais grave, à morte. "Natação é um dos esportes mais completos para o corpo humano e bem estar. Sem contar que minimiza e evita o risco de afogamentos em piscinas, rios, mar e cachoeiras", lembra.
Com relação pintura das grades do entorno da piscina durante os treinos, flagrada pelas mães, causando desconforto, o professor explica que a exposição aos produtos tóxicos como tintas e cimentos, pode causar intoxicação, problemas respiratórios e trazer complicações para a saúde dos praticantes de natação, no caso em específico crianças e adolescentes.
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Finalizando, Torres acredita que se existisse lei que obrigasse à prática de natação nas escolas seria visível a qualidade de vida das crianças, melhoras no desenvolvimento escolar, saída da criminalidade e a diminuição da ociosidade, obesidade e o possível desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como a depressão. "Além do aumento na formação de novos atletas de alto rendimento", finaliza.
Vale lembrar que há dois anos - início de 2020 - a piscina citada pelas mães foi reentregue à comunidade pela Prefeitura após passar por revitalização completa.
Segundo divulgado pela Administração, houve melhorias da cobertura, revisão geral no sistema hidráulico, calhas, rufos e condutores, criação de novo banheiro para os funcionários, pintura geral, aplicações de resinas, adaptações de alvenaria, revestimentos, trocas de portas, reparos na carpintaria e novo paisagismo. Tudo seguindo orientação da Federação Paulista de Natação.
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A Cidade conta com duas piscinas públicas. A segunda fica no Tupiry. Os espaços operam com a capacidade máxima de munícipes (mais de mil pessoas) e atendem as modalidades de hidroginástica, natação e paranatação.
As atividades, coordenadas pela Secretaria de Esporte e Lazer (SEEL), envolvem iniciação do Programa SuperEscola, treinamento competitivo, práticas educativas, regenerativas e cuidados com a saúde.
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