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Os produtos e serviços típicos no carnaval estão 7,42% mais caros este ano do que na festa momesca do ano passado - quase no mesmo nível da inflação dos últimos 12 meses, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Getulio Vargas (IPC-FGV), que acumulou 7,66% de fevereiro de 2014 a janeiro deste ano.
A carestia de carnaval está mais alta, porém, em relação aos 7,14% acumulados no mesmo período, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que serve de parâmetro para a inflação oficial, divulgado no último dia 6.
O economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre-FGV), explicou que as despesas relacionadas a produtos e serviços de carnaval ficaram abaixo do IPC-FGV porque, em janeiro, os preços de alguns itens que não têm nada a ver com as festa de carnaval subiram pontualmente. Caso das passagens de ônibus urbano, de mensalidade escolar e energia elétrica, por exemplo. “Então, tem três impactos aí acelerando a inflação no último mês, que distanciam um pouco a inflação do carnaval”, argumentou.
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Braz observou, entretanto, que se tirarmos o efeito dos preços administrados, a inflação convencional ficaria em torno de 6,5%. Mais baixa, portanto, que a inflação do carnaval. “Mas a inflação do carnaval não perde importância por isso. Mostra que os serviços, que são o que há de mais importante nesta época, ainda pressionam a inflação”.
Embora a pesquisa identifique, no segmento de alimentação, a maior alta no café da manhã (14,90%) - que reúne itens variados como pão, manteiga e leite, entre outros -, André Braz chama a atenção para o reajuste de bebidas alcoólicas e não alcoólicas, como cervejas e chopes (10,89%) e refrigerantes (11,62%), além de hotel (11,98%).
“Tudo que o folião usa mais neste período, ou mesmo refeição fora de casa, tanto em bares como restaurantes, subiu bem mais que a inflação média. Estão com alta de 10% e acima disso”, comentou. André Braz reforçou que no caso das bebidas, o maior consumo é incentivado também pelo calor típico da estação de verão, o que contribui para elevar o preço final.
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Em sentido inverso, a pesquisa apurou deflação de 4,15% em passagem aérea e de 1,18% em protetores para a pele.