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Algumas testemunhas mentiram durante o julgamento do jovem negro de 18 anos, Michael Brown, na cidade de Ferguson, no estado americano de Missouri, afirmou o procurador do condado de St. Luis, Bob McCulloch, que convocou o grand jury em agosto.
Ele falou à rádio local KTRS, na primeira entrevista desde que anunciou em 24 de novembro que júri popular decidiu não indiciar o policial Darren Wilson por atirar e matar Brown. "Claramente alguns não estavam dizendo a verdade", disse McCulloch. De acordo com ele, uma mulher que alegou ter visto o tiroteio não estava presente no momento. "Ela contou uma história que leu no jornal", afirmou.
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O tiroteio e a decisão judicial motivaram diversos protestos em diversas cidades dos Estados Unidos, além de outros locais do mundo e provocaram debates sobre as relações raciais dos departamentos de polícia que patrulham bairros minoritários. As manifestações e discussões foram retomadas depois de um grand jury de Nova York decidir neste mês não indiciar um policial branco por matar um homem negro com um estrangulamento.
A parlamentar Karla May está pressionando para que seja realizada uma investigação estatal a fim de definir se McCulloch "manipulou" a decisão do júri. Um comitê conjunto da Câmara e do Senado americanos estão investigando por que o governador do Missouri, Jay Nixon, não usou tropas da Guarda Nacional em Ferguson em 24 de novembro. Karla enviou uma carta ao presidente da comissão insistindo que a investigação se amplie para apurar a situação do procurador.
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