Primeiros trens do VLT já estão em São Vicente

Já está em São Vicente a primeira composição do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT). Trazidos em carretas, os veículos chegaram nesta terça (27), por volta de 01h30 da manhã, à Estação Nossa Senhora de Graças, na Linha Amarela. A Secretaria de Transportes montou um esquema especial que contou com a participação da Polícia Militar e técnicos que acompanharam o trajeto.

Segundo o secretário de Transportes, Raimundo Oliveira, o período noturno foi escolhido para o transporte do VLT para que não houvesse alterações no trânsito. Os veículos saíram do terminal da Deicmar, no Cais do Saboó, em Santos, e seguiram pelo elevado da Alemoa, passando pela Avenida Nossa Senhora de Fátima até a divisa.

Em São Vicente, as carretas passaram pelas Avenidas Antonio Emmerich e Prefeito José Monteiro e seguiram pela Linha Amarela. Os vagões estão sendo montados e serão testados em três etapas, antes dos testes com passageiros, o que está previsto para agosto.

A composição vai integrar o primeiro trecho do projeto, que deverá entrar em funcionamento em março do próximo ano. A fase inicial contempla o trecho entre São Vicente, na Avenida Marechal Deodoro e a Rua Nossa Senhora das Graças, seguindo até a Avenida Conselheiro Nébias, em Santos.

O VLT funcionará das 5 da manhã à meia-noite. A manutenção será feita no intervalo desse período. Cada composição alcança até 70 km/h. Mas para operar na cidade, a velocidade será limitada a 50 km/h. O tempo de espera será entre três e cinco minutos.

Histórico

Formada por três carros, a composição foi fabricada em Valência, na Espanha.  Até agosto de 2015 serão recebidas todas as 22 composições, somando 66 vagões.

Cada VLT terá 2,65 metros de largura por 44 metros de comprimento, ar condicionado e piso que facilita a movimentação de usuários com dificuldade de locomoção. A capacidade é para 400 usuários por viagem. O investimento total é estimado em mais de R$ 1 bilhão na compra dos equipamentos, infraestrutura, execução e manutenção do sistema.

A obra é parte da reestruturação do transporte público da Baixada Santista e interligará nove municípios, beneficiando toda a população metropolitana da Região, estimada em 1,9 milhão de habitantes.