Cotidiano

Primeiro VLT chega dia 22 de maio em Santos

Presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) garante que viagem teste será realizada até 15 de agosto deste ano

Publicado em 24/03/2014 às 16:24

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De Valência (Espanha)

A primeira das 22 composições do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) estará em Santos em 22 de maio próximo, quando será liberada para testes. Ontem, em Valência, na Espanha, uma comitiva brasileira — formada pelo deputado federal, Beto Mansur; pelo prefeito de São Vicente, Luis Cláudio Bili; o secretário de Comunicação e Resultados de Santos, Rivaldo dos Santos; o presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), Joaquim Lopes; e 12 jornalistas brasileiros — foi recebida na Vossloh, empresa responsável pela fabricação dos trens.

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Após ser recebida pelo presidente da empresa, Inigo Parra, a comitiva obteve detalhes do funcionamento dos trens, a tecnologia empregada na construção das composições e como será realizada a entrega de todos os veículos, que serão transportados para o Porto de Bilbao (ainda na Espanha) por caminhões, seguirão de navio até o Porto de Amberes (Bélgica) e depois para o Porto de Santos.

As três primeiras composições elétricas já estão prontas e serão embarcadas até dezembro. Outras seis serão montadas no Brasil, na Cidade de Três Rios (RJ), totalizando nove composições no primeiro lote. As demais 13 composições também serão montadas no País. Cada composição é formada por sete vagões (incluindo a locomotiva), tem 44 metros de comprimento, com 14 portas e capacidade para 400 passageiros (72 sentados).

A primeira estação — na Vila Valença, em São Vicente — será entregue em abril próximo. A velocidade máxima é de 70 quilômetros por hora e o tempo de espera será entre três e cinco minutos no máximo. O VLT operará em um trecho de 11 quilômetros entre Barreiros (São Vicente) e o Porto de Santos, cuja linha será ampliada à Avenida Conselheiro Nébias e Valongo.

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O primeiro VLT chega dia 22 de maio em Santos (Foto: Divulgação)

O projeto todo — obras e veículos — custará mais de R$ 1 bilhão ao Governo do Estado de São Paulo. Somente com os trens serão gastos R$ 250 milhões.

Os 22 trens terão capacidade de transportar 220 mil de pessoas por dia. O VLT vai funcionar das 5 horas da madrugada à meia-noite, sendo que sua manutenção ocorrerá no intervalo desse período. De Samaritá (São Vicente) ao Porto, o passageiro levará 30 minutos — 50% a menos que o deslocamento feito por outro meio de transporte. Ele funcionará em toda a sua plenitude em 2015.

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Os executivos da Vossloh, empresa parceria da brasileira TTrans, confirmaram ontem, durante visita à fabrica do VLT, que o equipamento terá janelas amplas, ares-condicionados, luminárias de led, espaço para cadeirantes e obesos, sistema de gravação de imagem e outros equipamentos, que permitirão ao condutor total visão do sistema operacional.

Comitiva

O presidente da EMTU, Joaquim Lopes, disse após visita técnica que quatro empresas internacionais participaram da licitação. “Em 31 de maio vamos concluir mais seis estações e em 15 de agosto será realizada a primeira viagem teste, por um período determinado. Chamamos de operação assistida, quando a população começará a ter contato com o novo transporte, que será todo montado em Três Rios”, disse.

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O secretário Rivaldo dos Santos, que representou o prefeito Paulo Alexandre Barbosa, disse que a visita foi importante para conhecer o veículo utilizado hoje em toda a Europa, viabilizado sempre nos canteiros centrais das vias públicas. “Isso permite conversões à direita e à esquerda e a interligação com outros meios de transporte”, explicou.

O deputado Beto Mansur disse que a Vossloh é uma empresa alemã de alta tecnologia e que o produto (trens) é de alta qualidade. “O VLT será um modelo para o resto do País. Em algum tempo, acredito que fabricaremos no Brasil e será apenas o começo para a integração de outros modais de transporte, como o Veículo Leve Sobre Pneus (VLP), que em breve será instalado em Praia Grande, pela linha férrea já existente”.

O prefeito Luis Cláudio Bili estava muito entusiasmado com o futuro meio de transporte, cuja primeira estação entregue será em sua cidade. “São Vicente vem sofrendo com as obras, mas vai valer a pena. Será um alívio para o trânsito e ganharemos uma mobilidade enorme. O cidadão se sentirá valorizado em poder usufruir de um transporte confortável, rápido e seguro. Das sete primeiras estações, seis estão em São Vicente. Estou feliz por participar disso”.
 

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