Cotidiano

Primeiro julgamento no Vaticano por abusos sexuais será em 11 de julho

Dois bispos americanos deixaram a igreja por encobrirem crimes semelhantes. Jozef Wesolowski, ex-núncio na República Dominicana, é acusado de abuso de menores enquanto desempenhava suas funções

Publicado em 15/06/2015 às 11:54

Compartilhe:

O Vaticano anunciou hoje (15) que o primeiro julgamento de um representante da Igreja Católica acusado de abuso sexual de menor começa será em 11 de julho. Dois bispos americanos deixaram a igreja por encobrirem crimes semelhantes.

Jozef Wesolowski, ex-núncio (embaixador) na República Dominicana, é acusado de abuso sexual de menores enquanto desempenhava suas funções, entre 2008 e 2013. Ele foi flagrado com material de pornografia infantil quando já se encontrava em Roma, em 2013 e 2014.

O ex-arcebispo, 66 anos, foi discretamente afastado da nunciatura, na República Dominicana em 2012, após a cúpula da Igreja Católica ter sido informada de que ele pagava regularmente a rapazes por serviços sexuais.

Se for considerado culpado, Wesolowski pode ser condenado a uma pena de seis a dez anos de prisão.

As autoridades dominicanas, com as quais o Vaticano afirmou cooperar estreitamente, identificaram pelo menos quatro rapazes vítimas de abuso pelo representante papal (Foto: Divulgação)

Em junho de 2014, Wesolowski foi afastado da igreja, mas permaneceu em liberdade até setembro de 2014, quando foi colocado sob prisão domiciliar.

Em comunicado, o Vaticano afirma que “as graves alegações” contra Wesolowski vão ser escrutinadas e, “se necessário”, haverá recurso à “cooperação legal internacional para a avaliação da prova testemunhal” obtida na República Dominicana.

As autoridades dominicanas, com as quais o Vaticano afirmou cooperar estreitamente, identificaram pelo menos quatro rapazes vítimas de abuso pelo representante papal.

O papa Francisco aceitou a demissão de dois bispos americanos, o arcebispo de Saint Paul e Minneapolis, John Clayton Nienstedt, e o adjunto Lee Anthony Piche, acusados de encobrirem casos de abuso sexual de menores praticados por um padre.

O Vaticano não explicita a razão das demissões, mas Nienstedt e Piche foram identificados por associações de vítimas como os responsáveis hierárquicos que ocultaram os abusos sexuais cometidos pelo padre Curtis Wehmeyer.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Diário Mais

Ultrapassagem pela direita não dá só raiva, dá multa também; entenda

De acordo com o Código de Trânsito Brasileira, a manobra é proibida e pode gerar multa e pontos na carteira

Guarujá

Eleições 2024: saiba quais são as propostas de Coronel Rogério para Guarujá

Série de reportagens do Diário do Litoral irá informar o eleitor sobre o plano de governo dos candidatos às prefeituras do Litoral de SP

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter