Primeira obra contra enchentes está em fase avançada em São Vicente

Nas últimas décadas a população de São Vicente ouviu muitas promessas e pouca efetividade quando o assunto são as enchentes que castigam vários bairros do município. Todavia, o que antes não passava de um sonho, hoje, já é uma realidade, com os avanços nas obras do canal Eduardo Souto, na Cidade Náutica, e o foco em outras intervenções em bairros como Vila Jóquei Clube, Jardim Guaçu entre outros.

Ainda quando o governador de São Paulo era Rodrigo Garcia, Kayo Amado, prefeito da cidade, conseguiu a liberação de R$ 45 milhões para obras de drenagem em São Vicente. Desse total, R$ 25 milhões foram destinados à Cidade Náutica (canal Eduardo Souto) e à instalação de sete comportas no município.

"Até março de 2024 cerca de 500 metros deste canal estará pronto para receber as águas das chuvas de verão. No total serão 750 metros que diminuirão muitos os impactos das enchentes na Cidade Náutica através de uma obra moderna, de 1º mundo, que ainda focará outros bairros, conforme as verbas forem liberadas à nossa cidade", explica Paulo Fiamenghi, subsecretário de Infraestrutura de São Vicente e engenheiro responsável pela obra.

Com a implantação das sete comportas na cidade, quando o nível do mar subir, essa água será bloqueada e não vai ocupar os canais, o que contribuía muito para que ocorressem as enchentes.

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"Os canais ficavam praticamente cheios com a alta da maré e, nisso, vinham as chuvas. É óbvio que não existia o devido escoamento dessa água e as ruas alagavam. Agora, o canal aqui da Eduardo Souto, por exemplo, terá seus 750 metros livres para receber apenas a água da chuva, e isso reduzirá consideravelmente as enchentes por aqui", enfatiza Fiamenghi.

Toda a obra está na responsabilidade do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) do estado, e eles contrataram a empresa que está executando os serviços.

"A nossa expectativa é a de que, até o 2º semestre de 2024, toda a obra esteja 100% concluída. E, repito: conforme as verbas chegarem, vamos avançando para obras em outros bairros. Estamos empenhados em melhorar a qualidade de vida do vicentino, que tanto sofre com essas enchentes", finaliza o subsecretário.

Assista à reportagem:

Plano Diretor de Macro e Microdrenagem

A atualização do Plano Diretor de Macro e Microdrenagem (PDM-SV), iniciada em julho do ano passado, está em andamento com esses serviços de equação das chuvas, delimitação e definição das áreas, contribuição das bacias hidrográficas, determinação das vazões, levantamento topobatimétrico dos canais de drenagem, cadastro das principais galerias de microdrenagem e a apresentação de soluções de engenharia para todos os locais de inundação - áreas Insular e Continental - com estimativa do custo de implantação.

Para o prefeito da cidade, Kayo Amado, o momento, apesar de difícil pela situação financeira em que a cidade foi deixada pelos últimos governos, é de entusiasmo e boas perspectivas.

"Olha o tamanho dessa obra. Antes falar de enchentes na cidade era só conversa, nada saia do papel. Hoje a realidade é outra e fazemos um governo onde as obras começam e terminam. O vicentino foi muito maltratado nas últimas décadas e isso o deixou descrente. Mas, com muito trabalho estamos mostrando que é possível, degrau a degrau, melhorar a qualidade de vida das pessoas", comenta.

Especificamente sobre o canal da Eduardo Souto, Amado reforça que essa é a primeira de outras obras que ainda virão para minimizar os impactos das enchentes.

"São 700 metros de canal, sete comportas e outros bairros que, em breve, se tudo der certo, terão obras deste nível também. Eu não canso de buscar recursos, já que os nossos praticamente não existem, mas preciso criar mecanismos de trabalhar pela cidade. Fui colocado aqui para buscar soluções e, dando um passo de cada vez, estamos felizes com a evolução que já é visível em todo o município", finaliza.