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Nely Rossany
Da Grande São Paulo
O carro particular da primeira dama do município de Ilha Comprida, Mara Ventura, foi flagrado nesta terça-feira, dia 30, com uma placa oficial de uso exclusivo do Poder Executivo. A prática é proibida por lei e pode render multa e reclusão de três a seis anos. A denúncia veio à tona através de redes sociais como WhatsApp e Facebook onde é possível ver imagens do carro de Mara, um Vera Cruz de placas ETZ 6844, com a placa preta ‘001’ do Poder Executivo.
De acordo com a lei, adulterar ou remarcar número de chassi ou qualquer sinal identificador de veículo automotor prevê reclusão, de três a seis anos, e multa. E se o agente comete o crime no exercício da função pública ou em razão dela, a pena é aumentada de um terço. Nas redes sociais, as denúncias apontavam que com a placa preta, a intenção da primeira dama seria se beneficiar e não pagar pedágios e multas. As placas pretas são utilizadas somente por veículos oficiais para sinalizar que se trata de um veículo de uma autoridade, porém de acordo com o Detran-SP, não dá nenhum benefício ao condutor, como isenção de pedágio ou de multas de trânsito.
Procurada, a assessoria de imprensa da Prefeitura de Ilha Comprida informou que o veículo de Maria Isolina Ventura, esposa do prefeito Décio José Ventura (PSDB), foi emprestado para uma reunião no Palácio dos Bandeirantes, às 14h30, na terça-feira, dia 30 e como a reunião foi cancelada o veículo não chegou a ir à São Paulo. Ainda de acordo com a assessoria, a placa preta foi colocada por um funcionário da Prefeitura, o motorista Mauro Ramos de Oliveira.
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“O motorista do município Mauro Ramos de Oliveira- que deveria ter afixado a placa “ Para uso exclusivo da Prefeitura” – colocou a placa oficial considerando que sua atitude seria semelhante e não esbarraria em questões legais de trânsito”, diz a nota enviada. A prefeitura afirmou que reconhece o erro do motorista e que irá apurar detalhes do episódio. Ainda segundo a Administração, o caso foi isolado e o carro só foi cedido para o Município, porque não havia, neste dia, veículo disponível para a viagem à Capital.
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