Cotidiano

Presidente turco rejeita críticas sobre prisões de jornalistas

Mais de duas dezenas de pessoas foram presas, incluindo um editor-chefe, jornalistas e produtores de TV. Eles são suspeitos de "usar de intimidação e ameaças" para tomar o poder estatal

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 15/12/2014 às 16:51

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O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, rebateu nesta segunda-feira as críticas feitas pela União Europeia (UE) a respeito da prisão de jornalistas do último domingo. "Guardem suas opiniões para vocês", ele afirmou em um discurso no noroeste do país.

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Mais de duas dezenas de pessoas foram presas, incluindo um editor-chefe, jornalistas e produtores de TV. Eles são suspeitos de "usar de intimidação e ameaças" para tomar o poder estatal. Alguns dos detidos foram liberados depois de um interrogatório nesta segunda-feira.

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A UE criticou as ações da polícia turca, que entraram na sede de um jornal e de uma TV estatal afiliada ao clérigo Fethullah Gulen, um antigo aliado de Erdogan que passou a criticá-lo duramente. O presidente acusa os seguidores de Gulen dentro da polícia e do Judiciário de estarem por trás das suspeitas de corrupção que perseguiram seu governo no ano passado.

"Esta não é uma questão de liberdade de imprensa", afirmou Erdogan. "Aqueles que ameaçam a segurança nacional devem receber o que merecem, não importa se são membros ou não da imprensa". Erdogan ainda disse não se importar se o caso pode ter consequências sobre a intenção da Turquia de fazer parte da União Europeia.

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Jornais pró-Erdogan afirmaram que os detidos foram interrogados sobre seu possível envolvimento na fabricação de evidências que levaram a polícia a desbaratar um grupo islâmico rival de Gulen em 2009, sob a acusação de ligação com a Al-Qaeda. Os aliados do clérigo negam a acusação.

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