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O presidente interino do Egito, Adli Mansur, se reuniu hoje (6) com o comandante das Forças Armadas e ministro da Defesa, Abdel Fatah Al Sissi, e com o ministro do Interior, Mohamed Ibrahim, para discutir a situação de segurança nas principais cidades do país.
Os confrontos iniciados desde o último dia 3, quando o presidente Mouhamed Mursi foi deposto, deixaram 30 mortos e mais de mil feridos. Apenas ontem (5), soldados do Exército egípcio dispararam contra partidários de Mursi que se aproximavam da Guarda Republicana, no Cairo. Pelo menos 12 pessoas morreram nessa sexta-feira.
Mansur, nomeado na última quarta-feira (3), horas depois do presidente Mursi ser retirado do cargo pelas Forças Armadas, também se encontrou com representantes da oposição a Mursi, como Mohamed El Baradei, oposicionista e Nobel da Paz; o islamita moderado Abdel Moneim Abul Futuh; o secretário-geral do partido salafista, Galal Morra; e integrantes do movimento Tamarrod (que significa rebelião).
A deposição de Mursi, primeiro presidente democraticamente eleito, há um ano no poder, foi rejeitada pela Irmandade Muçulmana. O líder da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, disse que os apoiadores de Mursi vão permanecer nas ruas até que ele seja reconduzido ao poder.
Além da violência no Cairo, também ocorreram confrontos fora da capital. Na cidade de Qina, no Sul do país, soldados dispararam contra manifestantes partidários de Mursi que tentavam invadir um prédio. Pelo menos duas pessoas ficaram feridas. A violência também tomou as ruas de Alexandria, a segunda maior cidade do Egito, ao Norte do país.
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