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O presidente interino da Ucrânia, Oleksander Turchynov, reconheceu nesta terça-feira que o separatismo é uma "ameaça muito séria" em seu país e disse que ia se reunir com os órgãos de segurança para discutir o tema.
Os comentários vêm à tona em um momento em que crescem as tensões no leste e no sul do país, com protestos principalmente da minoria russa, que representa 17% da população, contra a queda, no sábado, do presidente Viktor Yanukovich, e a perspectiva de a Ucrânia abandonar um plano de união aduaneira com a Rússia e aderir à União Europeia (UE).
Num sinal das dificuldades políticas que o governo de transição tem pela frente, até as eleições antecipadas de 25 de maio, os líderes partidários não conseguiram cumprir o prazo inicial de formar o governo hoje, e o estenderam até quinta-feira.
De acordo com Turchynov, que acumula o cargo de presidente do Parlamento, e dirige o Partido Pátria, da ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko, eram necessárias "mais consultas" para a formação de "uma coalizão de fé nacional".
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O Parlamento também aprovou nesta terça-feira uma resolução que prevê o julgamento de Yanukovich, acusado de massacre na repressão aos manifestantes, pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia.
O presidente deposto no sábado já havia sido declarado procurado na segunda-feira pelo Ministério do Interior. Foram listados também como réus o ex-ministro do Interior Vitali Zakharchenko e o ex-procurador-geral Viktor Pshonka.
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Yanukovich, que deixou Kiev na sexta-feira, em meio a violentos protestos que já duravam três meses, foi visto pela última vez no domingo em Balaclava, na região da Crimeia, no sul do país. Especulou-se que ele tentaria fugir pelo Mar Negro, com apoio da Marinha russa, que mantém uma base na península. A pressão da Rússia para que Yanukovich suspendesse o ingresso da Ucrânia na UE desencadeou os protestos.
De acordo com informações não confirmadas, seu ex-assessor Andriy Kliuyev, que tinha o cargo de administrador presidencial, teria sido ferido a tiros hoje, quando viajava de carro da Crimeia de volta para Kiev, depois de apresentar sua renúncia a Yanukovich. De acordo com um porta-voz citado pela mídia local, a vida do ex-assessor corre risco.
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