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A presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, deixou apenas três passagens de fronteira do país abertas, restringiu a realização de reuniões públicas e colocou em quarentena comunidades do país altamente afetadas pelo surto de ebola.
As medidas foram divulgadas na noite de domingo, após a primeira reunião de uma força-tarefa criada e presidida por Sirleaf com o objetivo de conter a doença, que já matou 129 pessoas no país e mais de 670 no oeste da África.
Um importante médico liberiano que trabalhava no maior hospital do país morreu em decorrência do ebola no sábado e dois trabalhadores humanitários norte-americanos foram infectados, destacando os perigos enfrentados por aqueles encarregados de controlar a epidemia.
Na semana passada, uma autoridade liberiana viajou de avião para a Nigéria, via Lome, no Togo, e morreu por causa do ebola num hospital de Lagos. O fato de o funcionário do governo, Patrick Sawyer, ter conseguido embarcar num voo internacional apesar de estar doente elevou os temores de que a doença possa se espalhar para além dos três países afetados atualmente: Libéria, Guiné e Serra Leoa.
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Não existe cura para o Ebola, que começa com sintomas como febre e dor de garganta, que evoluem para vômito, diarreia e hemorragia interna. A doença se espalha por meio de contato direto com sangue e outros fluidos corporais, assim como pelo contato indireto com "ambientes contaminados com tais fluidos", segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
"Sem dúvida, o vírus Ebola é um problema de saúde nacional", disse Sirleaf. "E, como também passamos a ver, ele ataca nosso modo de vida com sérias consequências econômicas e sociais."
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A presidente disse que todas as fronteiras do país seriam fechadas, com exceção de três: uma com Serra Leoa, outra que dá acesso a Guiné e uma terceira que liga dos três países.
Especialistas acreditam que o surto tenha se originado no sudeste da Guiné em janeiro, embora os primeiros casos não tenham sido confirmados até março. Na Guiné foram registrados o maior número de casos, 319, seguido por Serra Leoa, onde foram registrados mais casos recentemente, além de 224 mortes no total.
A Libéria vai manter abertos o aeroporto internacional Roberts, nas proximidades de Monróvia, e o aeroporto James Spriggs Payne Airport, que fica na capital.
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Sirleaf disse que "centros de prevenção e de exames serão montados" nos aeroportos e nas passagem de fronteira e que "rigorosas medidas preventivas serão anunciadas e escrupulosamente respeitadas".
Outras medidas incluem a restrição para a realização da manifestações e passeatas e a exigência de que restaurantes e outros locais públicos exibam um filme de cinco minutos sobre o Ebola.
A presidente também concedeu poderes às forças de segurança para comandar veículos para ajudar na resposta de saúde pública e ordenou a eles que cumpram as novas regulamentações.
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