Cotidiano
Juan Manuel Santos destacou que o processo de negociação de paz que se desenvolve com as Farc em Havana, capital de Cuba, tem sido realista, sério, digno e eficaz
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O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse hoje (25), durante seu discurso na 69ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), que seu país está “mais perto do que nunca de alcançar a paz”. Santos explicou que o processo de paz em marcha entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e disse que, se obtiver sucesso, poderá servir de referência para outras nações.
“A Colômbia aspira dar uma boa notícia à humanidade. A notícia de que chega ao fim o último conflito armado do Hemisfério Ocidental. Se tivermos êxito, como esperamos de coração, estaremos prontos para compartilhar nossa experiência com outros países. Estamos seguros de que nosso caso se converteria em um modelo e um farol de esperança para outros conflitos do mundo”, disse o presidente colombiano.
Santos destacou que o processo de negociação de paz que se desenvolve com as Farc em Havana, capital de Cuba, tem sido realista, sério, digno, eficaz e tem dado resultados concretos. Ele explicou que foi estabelecida uma agenda com cinco pontos principais, dos quais já se conseguiu acordo em três: desenvolvimento rural, participação política e o problema de drogas ilícitas. Em relação às vítimas e ao fim do conflito, os dois pontos restantes, o chefe de Estado disse que as negociações estão em andamento.
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Em junho, o governo colombiano e as Farc concordaram em criar uma Comissão da Verdade para investigar as mortes de milhares de pessoas ao longo de 50 anos de conflito, um dos mais antigos da América Latina. Estima-se que, desde a década de 1960, quando teve início, cerca de 220 mil pessoas tenham perdido suas vidas no conflito e 3 milhões tenham sido forçadas a deixar suas casas para fugir da guerra interna.
Hoje, o presidente da Colômbia disse que a guerra deixou milhões de vítimas que nunca tinha sido escutadas e que agora participam do processo de paz e têm seus direitos reconhecidos. Segundo ele, no entanto, quando o conflito terminar, haverá imensos desafios: reintegrar os desmobilizados, garantir a presença do Estado nas regiões afetadas pelo conflito e também a segurança pública. Nesse estágio seguinte, Santos ressaltou que será muito importante a contribuição e participação da comunidade internacional. Por fim, agradeceu a todos os países e organismo multilaterais que ajudaram no processo de paz em vigência.
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