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As confusões acerca da morte do promotor argentino Alberto Nisman continuavam a aumentar nesta quinta-feira, depois de a presidente Cristina Kirchner dizer que está convencida de que ele não cometeu suicídio, como autoridades haviam indicado anteriormente.
Nisman foi encontrado morto na madrugada de segunda-feira, um dia antes de testemunhar perante o Congresso. Ele acusava a presidente e pessoas associadas a ela de terem conspirado com o Irã para sabotar uma investigação sobre o ataque a uma instituição judaica, realizado em 1994.
As acusações do promotor e sua morte abalaram o país.
"Na Argentina, como em todos os lugares, nem tudo é o que parece ser e vice-versa", disse Cristina em comunicado postado em sua página no Facebook e em sua conta no Twitter. "Por que ele se mataria quando ele, como promotor, e sua família, tinham uma excelente qualidade de vida?".
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Autoridades argentinas negaram veementemente as acusações de Nisman. Jorge Capitanich, chefe de gabinete da presidente, chamou as alegações de "ultrajantes, ilógicas e irracionais", e disse que Cristina Kirchner sempre demonstrou compromisso em resolver o caso.
Integrantes do governo foram rápidos em promover a ideia de que Nisman cometeu suicídio, mesmo antes de a autópsia ser feita. Na segunda-feira, Cristina Kirchner postou uma carta na qual pergunta por que Nisman havia se matado. Mas agora, sua opinião mudou.
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A presidente não falou em público sobre os eventos, mas em suas declarações mais recentes indicou que Nisman foi vítima de uma grande conspiração.
Cristina Kirchner levantou uma série de questões sobre a morte de Nisman. Ela lembrou que ele tinha registradas em seu nome duas armas. Por que, então, ele atiraria em si mesmo com uma arma que não lhe pertencia?, questionou ela. Investigadores disseram que a arma era de um funcionário e colaborador do procurador e que Nisman a havia pedido emprestado no sábado.
Segundo relatório da autópsia, Nisman morreu de um tiro disparado por ele mesmo na cabeça. Um investigador que supervisiona o caso disse que ele atirou em si mesmo, à queima-roupa, com uma arma de calibre 22. Mas um teste para detectar resíduos de pólvora nas mãos de Nisman deu negativo.
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