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O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, visitou o líder revolucionário Nelson Mandela, de 94 anos, em um hospital militar de Pretória, capital executiva do país.
Um comunicado do gabinete de Zuma, divulgado no sábado, anunciou que Mandela havia sido hospitalizado para fazer exames, e que estava recebendo cuidados médicos, "o que é compatível com sua idade".
Não foram divulgados detalhes sobre o motivo da internação. Segundo Mac Maharaj, porta-voz do presidente, Zuma visitou Mandela na manhã deste domingo (horário local) e encontrou o antigo líder "confortável e sendo bem cuidado".
Embora o governo da África do Sul não tenha fornecido detalhes sobre os tratamentos que Mandela está recebendo, uma movimentação fora do comum ocorreu neste domingo no 1º Hospital Militar, onde o ex-líder se tratou em fevereiro deste ano. Soldados estabeleceram um posto de checagem e inspecionavam os veículos que entravam no hospital. Um comboio de carros com sirenes e luzes ligados entrou na unidade à tarde.
Incertezas sobre o estado de saúde de Mandela motivaram a reunião de diversos admiradores na igreja católica Mundia Regina, em Soweto, neste domingo. O centro religioso era um local de protestos anti-apartheid. "Quando você tem alguém disposto a liderar pelo exemplo, como ele fez, é mais fácil para as pessoas seguirem. Ultimamente, os exemplos não são tão bons. É difícil. Eu temo pelo meu país", comentou Thabile Manna, que rezava por Mandela e se referiu aos recentes casos de corrupção no governo.
Em fevereiro, Mandela passou a noite em um hospital para diagnosticar os motivos de uma queixa de dores abdominais. Em janeiro de 2011, o líder político foi internado em um hospital de Johanesburgo para fazer testes de saúde, mas depois se descobriu que tratava-se de uma infecção respiratória.
Mandela teve tuberculose durante os 27 anos em que esteve na prisão e fez uma cirurgia na próstata em 1985. O líder anti-apartheid tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul em 1994, cumprindo um mandato de cinco anos.
Após deixar o cargo, ele se retirou da vida pública para viver na remota aldeia de Quno, na área leste da Cidade do Cabo. Vencedor do prêmio Nobel da Paz, ele fez sua última aparição pública na Copa do Mundo de 2010, quando seu país sediou o mundial de futebol. As informações são da Associated Press.
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