Cotidiano

Premiê do Canadá chama tiroteio de "ato terrorista"

Nesta quarta-feira, um soldado canadense foi morto após levar um tiro no memorial de guerra do Canadá, em Ottawa, nas proximidades do Parlamento

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 23/10/2014 às 00:44

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O primeiro-ministro da Canadá, Stephen Harper, classificou o tiroteio que deixou duas pessoas mortas nesta quarta-feira como o segundo ataque terrorista em solo canadense em menos de três dias, mas afirmou que o país "não vai se intimidar".

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"Os eventos desta semana são um lembrete desagradável de que o Canadá não está imune aos ataques terroristas que temos visto no resto do mundo, mas o Canadá nunca irá se intimidar", disse Harper em pronunciamento na noite de quarta-feira.

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Nesta quarta-feira, um soldado canadense foi morto após levar um tiro no memorial de guerra do Canadá, em Ottawa, nas proximidades do Parlamento, onde mais tiros foram disparados. O atirador responsável pelo início do tiroteio também morreu. Aos menos outras três pessoas ficaram feridas, mas duas delas estão em condições estáveis, de acordo com funcionários do hospital onde estão internadas. Os investigadores divulgaram poucas informações sobre o atirador, apenas identificado como Michael Zehaf-Bibeau, um ex-presidiário de 32 anos.

O tiroteio em Ottawa aconteceu dois dias após um suposto atentado terrorista em Quebec, onde um canadense recém-convertido ao Islã atropelou dois soldados e colocou o país em alerta. Um dos soldados morreu na terça-feira e o outro ficou ferido e ainda está no hospital.

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Em Washington, o presidente Barack Obama condenou os atos terroristas e disse que é preciso "permanecer vigilante". A embaixada dos EUA em Ottawa foi bloqueada por precaução e a segurança foi reforçada nas proximidades do Túmulo do Soldado Desconhecido perto de Washington.

Na terça-feira, o governo do Canadá aumentou o nível de ameaça terrorista em solo canadense de baixo para médio, em função do que classificou como "um aumento geral das manifestações de grupos radicais islâmicos".

O grupo extremista Estado Islâmico pediu que seus apoiadores ao redor do mundo realizem ataques contra os países ocidentais, incluindo o Canadá, que estão combatendo os militantes no Iraque e na Síria. Oito caças canadenses partiram para a região na terça-feira.

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O ministro do Exterior do Canadá, John Baird, numa conversa ao telefone com o Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, pareceu conectar os ataques desta semana à participação no Canadá na coalização liderada pelos EUA contra o Estado Islâmico. Apesar disso, o governo canadense afirmou não ter evidências de que o incidente no Parlamento está relacionado a radicais islâmicos.

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