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A Prefeitura de São Vicente realizaria amanhã licitação no valor de R$ 4,5 milhões. O objetivo da contratação seria o custeio de viagens oficiais — aéreas e rodoviárias, além de hospedagens do prefeito e secretários municipais.
Até o final da tarde da última sexta-feira (8), a realização do certame havia sido confirmada com o Departamento de Compras da Prefeitura. Porém, após ser questionada sobre os valores, a Secretaria da Administração informou que o pregão foi suspenso para correção de números e custos. A suspensão do pregão foi divulgada no site da prefeitura (www.saovicente.sp.gov.br). O edital com as retificações será publicado oficialmente na quinta-feira (14).
Segundo o edital, os números do pregão seriam os seguintes: num período de apenas um ano, 901 passagens áreas, 1.160 rodoviárias e 1.732 hospedagens à Prefeitura de São Vicente, ao custo exato de R$ 4.519.500,00.
O pacote — cujo valor foi estimado tendo como base os gastos médios durante o ano passado pelas secretarias — era assim dividido: R$ 1.466 milhão para o pagamento de 733 passagens aéreas nacionais; R$ 614.500,00 para 168 internacionais e R$ 928 mil para a compra de 1.160 passagens rodoviárias intermunicipais e interestaduais.
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A Prefeitura estimava um gasto de R$ 1.008 milhão em 1.229 hospedagens nacionais e R$ 503 mil para pagar 503 hospedagens internacionais. A fatura de cada viagem, segundo o edital, seria paga em 10 dias. É importante salientar que o valor do pregão poderia, ou não, ser gasto em sua totalidade.
Aerobili
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Em uma conta simples baseada no processo que estava em andamento na Prefeitura pode-se afirmar que seria necessário que o prefeito Billi e cada um dos 17 secretários viajassem 114 vezes ao ano ou nove viagens por mês para cumprir a meta do ‘Aerobili’, que é de 2.061 passagens. Cada um dos membros do Executivo vicentino também teriam 96 dias (três meses e seis dias) de hospedagens pagas no ano com dinheiro dos cofres públicos. Ao todo, são 1.732 hospedagens.
Vale a pena ressaltar que a expressão Aerobili foi utilizada apenas como alusão ao Aerolula, nome popularmente dado ao avião adquirido em 2003, pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para substituir a aeronave presidencial chamada Sucatão. O Aerolula (Airbus A319) foi modificado para ter suíte privê, sala de reunião fechada outras dependências especiais.
A justificativa do Governo era que os gastos com fretamentos eram elevados, e considerando a inviabilidade financeira em se manter em uso os antigos “sucatões” como aeronaves para transporte da Presidência, o Governo Brasileiro optou por adquirir uma aeronave mais moderna para uso exclusivo em viagens oficiais, tanto domésticas quanto internacionais.
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Japão e Espanha
Justificar viagens oficiais não é uma tarefa fácil para o agente público. Isso pode ser constatado na própria cidade de São Vicente quando, em maio deste ano, o prefeito Bili recebeu críticas pelas redes sociais ao viajar à Naha, no Japão, onde foi conhecer o funcionamento do monotrilho a convite do governo daquele país.
A justificativa foi que a experiência iria ajudar na elaboração de projetos de mobilidade urbana para a Cidade, como o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), que também acabou proporcionando outra viagem ao prefeito, só que à cidade de Valência, na Espanha, dois meses antes.
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Valor daria para viajar ao espaço
Apenas como curiosidade: com os R$ 4,5 milhões, o prefeito vicentino poderia, por exemplo, realizar 18 viagens espaciais. A agência de turismo Sanchat Tour já vende pacotes por R$ 250 mil que podem ser comprados no Brasil. A jornada é realizada pela holandesa Space Expedition Curaçao (SXC), que leva passageiro e piloto na nave Lynx para além da atmosfera terrestre.
A nave decola como um avião comum a partir da ilha de Curaçao, no Caribe. No ar, ela se inclina em 90 graus para então acelerar os motores, atingir sua velocidade máxima e sair da atmosfera terrestre. Chegando ao espaço, a nave vai flutuar em gravidade zero durante cinco minutos. A informação é da Agência EFE/Info e Terra.
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