Continua depois da publicidade
A Prefeitura de São Paulo detalhou na manhã deste sábado, 19, que pretende fechar a Avenida Paulista para carros aos domingos e feriados, das 9 horas às 17 horas. Manter a Avenida Brigadeiro Luís Antônio aberta - com agentes de trânsito bloqueando a circulação da Paulista quando os semáforo fechar - e mudar o sentido de ruas do entorno como a Padre João Manuel (para permitir estacionamentos) foram outras medidas apresentadas ontem na audiência pública sobre o fechamento da via.
Os promotores de Justiça Camila Mansour Magalhães da Silveira e Mário Augusto Vicente Malaquias, que pediram para que a Prefeitura fizesse essas audiências, não compareceram. A Prefeitura enviou três secretários para o encontro: Jilmar Tatto de Transportes; Nabil Bonduki, de Cultura; e Luiz Antônio Medeiros, das Subprefeituras. O público foi de cerca de 150 pessoas. Outras audiências serão marcadas e haverá reuniões para escolha de outras vias a serem liberadas só para pedestres e ciclistas.
“A Paulista é o lugar que todo mundo gosta de passear. E isso não é só para gente daqui. Turistas do interior do Brasil e do exterior vêm aqui. A abertura vai melhorar isso”, disse o secretário Tatto, ao abrir a audiência.
Continua depois da publicidade
Os debates ocorreram de forma respeitosa, mas um grupo contra a proposta interrompeu, aos gritos, as falas das pessoas durante a reunião, que ocorreu no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). O argumento era o direito de ir e vir com os carros. “Só em três conjuntos residenciais, são 870 apartamentos. Como esses moradores vão fazer? Com as restrições ao tráfego, só temos sábados, domingos e feriados para fazer mudanças. Esse fechamento está tirando dois terços do tempo. É preciso pensar nesses pontos”, disse Rafaela Galett, representante de dois condomínios da avenida.
Moradores favoráveis à mudança também se manifestaram. “Já temos uma série de vantagens morando na Paulista. Temos ótimas salas de cinema perto, metrô, muito mais segurança do que se vê no restante da cidade. Temos de saber ceder para haver convivência, vizinhos”, disse Renê Fernandes, integrante da organização Ciclocidade.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade